Economistas consultados pelo Banco Central apostam em inflação maior e novo recuo do PIB em 2015

dinheiro_118Rouba monte – Economistas das maiores instituições financeiras em atividade no País, ouvidos pelo Banco Central (BC) na última semana, elevaram a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano. Trata-se da terceira elevação consecutiva do índice oficial de inflação. A expectativa dos analistas é que o IPCA encerre 2015 em 8,26%, contra 8,25% da previsão anterior, de acordo com o Boletim Focus. Em abril, a projeção estava em 8,20%. O próprio Banco Central, responsável pelo boletim semanal, espera inflação de 7,9% para este ano.

No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, o movimento também foi de alta. A mediana para o IPCA de 2015 segue bem acima da banda superior de 6,5% do programa de metas estabelecido pelo governo, passando de 8,67% para 8,73%. Há quatro semanas, o índice do mais temido fantasma da economia, a inflação, estava em 8,44%.

Para o fim do próximo ano, a mediana das projeções para o IPCA foi mantida em 5,60%, mesmo número de quatro semanas atrás. Já no Top 5, a projeção para a inflação ao final de 2016 manteve-se em 6,40% – um mês antes estava em 5,64%.

De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC divulgado em abril, a taxa ficará em 4,9% pelo cenário de mercado, ou em 5,1%, levando-se em consideração as estimativas da Focus imediatamente anterior ao documento.

As expectativas para a inflação suavizada doze meses à frente, no entanto, foram reduzidas de 6% para 5,96%.Para o fim de abril, a projeção para o IPCA foi mantida em 0,70% e, para maio, em 0,50%.

O Boletim Focus trouxe mais uma péssima notícia para a economia brasileira. Os analistas preveem também retração na atividade econômica do País, com avanço na queda do Produto Interno Bruto (PIB), de -1,10% para -1,18%. A projeção para o câmbio foi mantida em R$ 3,20.

Quebra-cabeça do caos

Esse cenário composto por números negativos e preocupantes explica a decisão da presidente Dilma Vana Rousseff de não discursar aos trabalhadores no dia 1º de Maio. Influenciada por assessores palacianos, a petista usou as redes sociais para enviar mensagens à classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que fugiu dos ruidosos “panelaços” e “buzinaços”. Isso porque Dilma, que até agora pegou carona no messianismo mambembe de Lula, conseguiu arruinar a economia brasileira em apenas quatro anos.

Desde que chegou ao poder central, o Partido dos Trabalhadores insiste na tese da herança maldita, como forma de creditar as próprias lambanças aos antecessores, mas precisamente a Fernando Henrique Cardoso, que ainda não aprendeu a fazer oposição. Acontece que mais de doze anos é tempo suficiente para qualquer governante se livrar do espólio amaldiçoado dos precursores.

Enquanto o UCHO.INFO afirmava que a conta da economia nacional em algum momento não fecharia e acabaria desaguando em uma grave e complexa crise, os palacianos acusavam-nos de torcer contra o Brasil, como se defender a lógica e o planejamento fosse crime. O tempo passou e os efeitos do estrago patrocinado pelo PT estão na cena do cotidiano para serem conferidos.

O processo petista de desmoronamento da economia exigirá dos brasileiros pelo menos cinco décadas de esforço continuado para devolver à nação o status anterior. Fora isso, a corrupção desenfreada continua sendo a chaga que devora a dignidade da nação e dos seus cidadãos. (Danielle Cabral com Ucho Haddad)

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