Na contramão do chororô de Dilma, campanha publicitária do ajuste fiscal custará R$ 40 milhões

edinho_silva_03Dinheiro a rodo – Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o petista Edinho Silva (PT) admitiu, nesta quarta-feira (13), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, que o governo federal está gastando R$ 40 milhões com a campanha publicitária que tenta explicar para a população brasileira a necessidade do ajuste fiscal.

A resposta foi dada ao líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PR), que perguntou ao ministro se o gasto com uma “campanha mentirosa” não seria desnecessário, ainda mais no momento em que o país precisa cortar gastos. O parlamentar ainda afirmou que o ajuste fiscal está penalizando especialmente os trabalhadores, que estão tendo direitos trabalhistas cortados.

“Nós temos uma campanha do governo no rádio, na televisão e nos jornais. Aonde se vai tem uma propaganda do governo que vem com o nome ‘Ajustar para Avançar’ e que não condiz com a verdade. Tanto é que as medidas de ajuste estão sendo votadas (penalizando os trabalhadores) e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, escreveu um artigo falando de um plano Marshall, como se estivéssemos aqui em uma plena guerra”, afirmou Rubens Bueno, para em seguida questionar Edinho Silva. “A pergunta é a seguinte: Quanto está custando essa campanha ‘Ajustar para Avançar’?”.

O ministro alegou que a campanha é de interesse público e reconheceu que algumas medidas mexem em direitos. “Essa campanha tem objetivo de explicar para a sociedade as medidas que estão sendo tomadas. Ela tem objetivo de interesse público porque algumas medidas mexem em alguns direitos. Claro que é impossível você explicar tudo no rádio e na televisão. Ela trata o tema e chama para a internet que é onde o governo tem condições de detalhar melhor as mudanças que estão ocorrendo”, alegou Edinho Silva, completando que “a campanha toda deve ficar em torno de R$ 40 milhões”.

Ao avaliar, após a audiência, a participação do ministro, o líder do PPS afirmou que seria muito mais barato para o governo se a presidente Dilma Rousseff convocasse uma cadeia de rádio e televisão para explicar as medidas do ajuste fiscal. “Mas ela tem medo do panelaço e não tem coragem de explicar para os trabalhadores porque eles estão perdendo direitos como o seguro desemprego, abono salarial, auxílio doença e pensão por morte”, afirmou Rubens Bueno.

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