Produção industrial cai 1,2% em abril e mostra que a grave crise econômica não acabará tão cedo

industria_16Ladeira abaixo – De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (2), no início do segundo trimestre, a fraqueza da produção industrial brasileira se intensificou. A queda foi de 1,2% em abril na comparação com março. O destaque foi para a debilidade dos investimentos.

Trata-se do terceiro resultado mensal negativo, após recuos de 0,7% em março e de 1,4% em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês de 2014, a produção caiu 7,6 %, décima quarta taxa negativa nesse tipo de comparação e bem mais acentuada do que a registrada no mês anterior, quando houve queda de 3,4%.

Entretanto, os resultados foram melhores do que a expectativa apontada por pesquisa da agência Reuters, de queda de 1,4 % na comparação mensal e de recuo de 7,9 % na base anual.

No acumulado do ano, até abril, em comparação com 2014, o recuo é de 6,3%, e no acumulado de 12 meses, é de 4,8% – trata-se do resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009, quando a queda foi de 7,1%.

Entre as categorias de produção, todas apresentaram recuo tanto na comparação mensal quanto na anual, com destaque para Bens de Capital, uma medida de investimento, cuja produção recuou 5,1% sobre março e 24% sobre abril de 2014.

Dos 24 ramos pesquisados, 19 tiveram queda da produção em abril sobre março, sendo as principais influências veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,5%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-3,3%).

Governo foi avisado

Quando o UCHO.INFO alertou o Palácio do Planalto, em meados de 2005, para o perigo que representava o início de um processo de desindustrialização, os palacianos sequer deram atenção ao tema, pois naquele momento a prioridade era salvar o então presidente Luiz Inácio da Silva de eventual impeachment no vácuo do escândalo que ficou conhecido como Mensalão do PT.

O tempo passou e a indústria ingressou na ladeira do descenso, sendo que apenas durante o período das desonerações fiscais é que o setor experimentou alguma recuperação. Mesmo assim, este site insistiu em afirmar que a medida adotada pelo governo federal para estimular a economia era utópica, com efeitos pontuais e resultados de pouca duração. A verdade está em cena para que qualquer ex-estafeta de Lula confira o tamanho do estrago promovido por um partido que protagonizou o período mais corrupto da história brasileira.

Como disse certa vez um conhecido e sempre ébrio comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”. Resta saber a quem a presidente Dilma Vana Rousseff creditará a herança maldita. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

apoio_04