Cura próxima – Após anos e anos de pesquisas sobre o mal de Alzheimer sem resultados satisfatórios – incluindo 123 drogas que fracassaram no tratamento da doença -, os mais importantes pesquisadores da área afirmaram agora estar mais confiantes sobre a chegada de um tratamento efetivo.
O otimismo tem se espalhado antes da Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (CIAA), que começou neste sábado, 18, em Washington, nos Estados Unidos. Novas drogas experimentais das empresas Eli Lilly e Biogen se mostraram, até o momento, eficazes em reduzir a progressão da doença que afeta o cérebro, atraindo a atenção de investidores e pacientes.
Vale ressaltar que os medicamentos estão nas fases iniciais de desenvolvimento e podem vir a ser ineficazes, assim como substâncias anteriores. Porém, os pesquisadores da área adquiriram um vasto conhecimento sobre as transformações do cérebro afetado pelo Alzheimer, e possuem um entendimento melhor sobre como e quando intervir com remédios.
“O chavão constante, que tem se repetido desde sempre, é: ‘uau, estamos a cinco anos de um tratamento realmente efetivo'”, ressaltou Steven Ferris, que dirige o programa de testes clínicos sobre Alzheimer no Centro Médico Langone da Universidade de Nova York (NYU, na sigla em inglês).
“Seria prematuro dizer que tivemos um avanço decisivo, mas existem muitas coisas em andamento que são bastante promissoras”, acrescentou Ferris, que está envolvido com os testes há mais de 40 anos. As drogas da Lilly e da Biogen bloqueiam a beta-amilóide, proteína que causa placas cerebrais tóxicas características da doença mental progressiva.
Estima-se que 5 milhões de pessoas possuam Alzheimer nos EUA. A Associação de Alzheimer projeta que até 28 milhões de norte-americanos vão desenvolver a doença até meados do século. (Danielle Cabral Távora)
