Ditador Kim Jong-un ordenou fuzilamento de seu vice-primeiro-ministro

kim_jong-un_04Camisa de força – De acordo com informações da agência sul-coreana de notícias “Yonhap”, Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte, ordenou o fuzilamento de seu vice-primeiro-ministro, Choe Yong-on. A informação ainda não foi confirmada pelo serviço de inteligência da Coreia do Sul, mas a agência cita fontes anônimas do governo de Seul.

A nova execução ordenada pelo ditador é mais um indício de que Kim estaria enfrentando resistências no núcleo duro do regime norte-coreano e tentando se impor pela força.

Segundo a fonte anônima, Choe foi executado em maio após mostrar inconformidade com relação à política florestal do ditador norte-coreano. O vice-premiê tinha de 63 anos e também era um ex-representante para a cooperação Norte-Sul.

O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) sul-coreano garantiu que, neste ano, Kim reforçou seu domínio com uma brutal política de expurgos, que inclui a execução recente de cerca de 70 membros de alta categoria do partido único que governa o país e do Exército Popular. Entre estas execuções estaria a do ex-ministro de Defesa, Hyun Yong-chol, que de acordo com membros do NIS morreu com fogo de artilharia.

Em 2013, Kim Jong-un ordenou a execução de seu tio, Jang Song-thaek, por “traição”. Jang chegou a ser considerado como a segunda figura mais poderosa do regime e neste caso a Coreia do Norte tornou pública sua execução, algo muito pouco habitual.

Kim Jong-un chegou ao poder depois que seu pai, Kim Jong-il, faleceu no final de 2011 e se transformou assim no terceiro membro da saga iniciada por Kim Il-Sung (1912-1994), fundador da Coreia do Norte e considerado hoje em dia “presidente eterno” do país, conhecido pelo culto exacerbado com seus líderes.

Prêmio de paz

O líder norte-coreano sempre é manchete por feitos bizarros, seja por mandar matar seus desafetos, seja pelo time de mulheres que possui para seu próprio “entretenimento”, entre outros.

Apesar de não se saber muito sobre o que acontece em seu país, bem como sobre ele, é consenso que o líder não é um bom exemplo de homem pacífico. Apesar disso, segundo informações do Washington Post, uma fundação da Indonésia irá prestar homenagem ao norte-coreano com um prêmio da paz.

O prêmio será entregue pela Fundação Sukarno Education, localizada em Bali, e irá prestigiar Kim por sua “paz, justiça e humanidade” em setembro deste ano. Vale ressaltar que o mesmo prêmio já foi entregue ao líder indiano Mahatma Gandhi.

Nos últimos 70 anos a dinastia da família de Kim estar ligada a feitos violentos em seu país, inclusive já apontadas pela ONU, que acusou o governo de cometer abusos contra os direitos humanos sem nenhum comparativo no “mundo contemporâneo”.

Entretanto, o líder da Fundação que homenageou Kim nega as críticas internacionais, afirmando que “os abusos são falsos”, sendo “apenas propaganda ocidental”. (Danielle Cabral Távora)

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