Dilma Rousseff terá de escolher entre a renúncia e um processo de impeachment, afirma deputado

dilma_rousseff_560Sem solução – Refém de uma crise múltipla (econômica, política, institucional, competência e ética) que chacoalha o País, a presidente Dilma Rousseff vem tentando reverter o quadro no embalo de agenda positiva que não convence, mas o futuro para a chefe do Executivo federal é pouco sombrio. Isso porque a crise deve piorar sobremaneira, na opinião do ex-governador e deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Em conversa com o editor do UCHO.INFO, Vasconcelos, que é filiado ao principal partido da chamada base aliada, disse que sem saída a presidente da República só tem dois caminhos a seguir: o da renúncia ou do impeachment. A declaração informal do parlamentar pernambucano é o mais fiel retrato da realidade de um país que perdeu a esperança em relação ao futuro por conta da crise crescente.

Questionado se considera viável a possibilidade de Dilma renunciar ao cargo, mesmo sabendo da personalidade difícil e teimosa da petista, Jarbas Vasconcelos disse que acredita nesse desfecho, que ganhará contornos mais definidos no momento em que “cair a ficha” da presidente. O peemedebista pernambucano afirmou também que a crise tende a piorar nos próximos meses, o que exigiria de Dilma um sinal de desprendimento.

Dilma, por sua vez, já anunciou, em diversas ocasiões, que não cogita renunciar, cenário que se confirma em sua insistência e manter no cardápio do cotidiano a declaração de que a crise atual é apenas e tão somente um período de “travessia”. A economia está desmoronando diuturnamente, com notícias cada vez piores sobre o cenário econômico, mas a presidente não desiste da afirmação desconexa de que em breve o Brasil votará a crescer.

Por outro lado, no caso de Dilma não renunciar ao cargo, Jarbas Vasconcelos admite que a alternativa será um processo de impeachment, situação que atinge de forma letal o PT, um partido que se esfacela a cada notícia nova sobre os escândalos do Petrolão. O deputado peemedebista afirmou que um eventual pedido de impedimento de Dilma será aprovado na Câmara dos Deputados com certa folga, já que o clima político se acirra com o passar do tempo.

Com a queda de braço que separa o Executivo do Legislativo, principalmente por causa da investigação de políticos envolvidos na Lava-Jato, a situação de Dilma não Congresso Nacional não é das melhores, em especial na Câmara dos Deputados, comandada por um profissional chamado Eduardo Cunha. Denunciado pela Procuradoria-Geral da República de ter recebido US$ 5 milhões do esquema de corrupção que sangrou os cofres da Petrobras, Cunha já deu sinais de que não cairá sozinho nesse insano campo de batalha.

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