Dilma abusa da covardia, demite Arthur Chioro por telefone e entrega o Ministério da Saúde ao PMDB

dilma_rousseff_463Jogo rasteiro – Além de incompetente, Dilma Rousseff é covarde. Sob os efeitos da intensa negociação por cargos que tomou conta do Palácio do Planalto nesta terça-feira (29), a presidente, pressionada pelo guloso PMDB, comunicou o ministro Arthur Chioro, da Saúde, que ele deveria deixar o cargo. Trata-se de uma atitude deselegante, semelhante a do antecessor Lula quando demitiu o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, da Educação.

O ministério será comandado por um representante da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados. Entre os mais cotados para assumir a pasta estão Marcelo Castro (PI) e Manoel Júnior (PB), ambos médicos. É importante lembrar que Manoel Júnior até recentemente era um ácido crítico de Dilma Rousseff e que defendia sua imediata saída do governo.

Petista da região do ABC paulista, mais precisamente de São Bernardo do Campo, berço do Partido dos Trabalhadores, Arthur Chioro deverá encontrar-se com Dilma antes deixar a pasta. A presidente, segundo assessores, dirá ao “companheiro” que sua demissão foi decorrente de uma necessidade política, não de má gestão à frente da Saúde. Apesar desse eventual encontro, o assunto deveria ter sido tratado entre ambos antes da decisão de entregar a pasta ao PMDB. Chioro soube antecipadamente de sua demissão pela imprensa e chegou a criticar, mesmo que nos bastidores, a postura da presidente da República.

Além da Saúde, o PMDB da Câmara dos Deputados deverá receber mais um ministério. Apesar de o anunciado objetivo da reforma ministerial ser a redução do número de pastas – das atuais 39 para 29 – Dilma dificilmente conseguirá cumprir a promessa que foi comunicada à opinião pública pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, após uma das muitas reuniões palacianas em que se discutiu a crise política.

Outros ministérios aplacarão a volúpia por cargos do PMDB do Senado Federal e do vice-presidente Michel temer, comandante nacional do PMDB. Ao contrário do objetivo primeiro da reforma ministerial, que era reduzir despesas para ajustar as contas do governo, o intento do governo é garantir apoio no Congresso Nacional para aprovar o pacote de ajuste fiscal e impedir o processo de impeachment da presidente Dilma.

Em outras palavras, Dilma e sua turba querem que o brasileiro arque com mais impostos e enfrente a crise econômica, enquanto o governo, que deveria cortar na própria carne, continuará gastando para chegar até o final de 2018.

Essa manobra palaciana, que deixa evidente o desespero de Dilma Rousseff para manter-se no poder, é mais um motivo para a população sair Às ruas e exigir o fim imediato de um governo corrupto, incompetente, perdulário e paralisado.

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