Disposta a tudo para salvar o mandato, Dilma sinaliza que dará 7 ministérios ao guloso PMDB

dilma_rousseff_481Balcão de negócios – Preocupada com a crise política que devasta o seu governo, a presidente Dilma Vana Rousseff embarcou de volta ao Brasil logo após participar, na segunda-feira (28), da abertura da 70ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em São Paulo.

Ao desembarcar na capital dos brasileiros, Dilma trouxe na bagagem presidencial a disposição de render-se ainda mais ao PMDB, principal partido da base aliada e legenda comandada pelo vice Michel temer, que há muito mantém uma silenciosa zona de conflito com o staff palaciano.

Na manhã desta terça-feira (29), a petista reuniu-se com Michel Temer no Palácio do Planalto para conversar sobre a reforma ministerial. Visando superar o impasse com o PMDB, Dilma não escondeu sua disposição de dar ao PMDB sete ministérios – até o momento são seis. Desta forma, ficaria mais fácil atender a demanda dos deputados peemedebistas, que exigem comandar dois ministérios, além da bancada do partido no Senado e do grupo do vice.

Caso seja confirmado esse novo desenho da equipe de governo, o País estará diante de uma invasão da Esplanada dos Ministérios por parte do PMDB, que a cada dia mostra-se mais voraz pelo poder.

Na rápida reunião, a presidente garantiu a Temer que prestigiará todas as alas do PMDB na reforma ministerial e disse que foi aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva e outros aliados a ampliar o espaço da sigla na estrutura do governo.

De acordo com auxiliares do vice-presidente, ele saiu convencido de que Dilma está disposta a resolver o problema com seus aliados e a contemplar todo o partido na reforma ministerial. Eles devem voltar a conversar ainda nesta terça.

É importante destacar que Lula também é esperado em Brasília na quarta-feira (30) para discutir os últimos detalhes das mudanças. Espera-se que o anúncio da nova configuração da Esplanada dos Ministérios aconteça na quinta-feira, após o Congresso Nacional analisar, na quarta, os vetos presidenciais restantes, que constituem a chamada “pauta-bomba”. (Danielle Cabral Távora e Ucho Haddad)

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