Lava-Jato: PPS pede ao procurador-geral Rodrigo Janot confirmação de repasse de dinheiro para Lulinha

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Acusado de ser operador de uma parcela do PMDB no Petrolão, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, teria afirmado que repassou cerca de R$ 2 milhões ao filho do ex-presidente Lula para o pagamento de despesas pessoais. “O procurador deve confirmar”, defendeu Rubens Bueno.

Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) encaminhou nesta terça-feira (13) ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedido para que ele confirme o teor da delegação premiada do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, acusado de ser o operador de uma parcela do PMDB no Petrolão, que em depoimento de delação premiada teria revelado repasse de R$ 2 milhões a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT), para o pagamento de despesas pessoais. O deputado também pede a cópia de todos os documentos referentes ao depoimento de Baiano.

No pedido enviado ao procurador, Rubens Bueno questiona se a delação de Fernando Baiano foi de fato homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator dos processos de correntes da Operação Lava-Jato. “Em caso positivo, solicito a V.Sa. informar a este Parlamentar a existência de afirmação do referido colaborador acerca de pagamentos efetuados por ele ao Senhor Fábio Luís da Silva”, destacou o líder do PPS no ofício.

Rubens Bueno alega ao procurador que, caso se confirmem as notícias veiculadas pela imprensa, será necessário convocar Lulinha na CPI da Petrobras na qualidade de investigado. “E a documentação com relação ao depoimento é essencial para ajudar no trabalho de inquirição e de investigação da CPI”, defendeu o líder do PPS.

Prorrogação de CPI

O parlamentar informou também que a bancada do partido pedirá a prorrogação dos trabalhos da CPI da Petrobrás, que tem término previsto para o próximo dia 23 de outubro. “Precisamos acabar com essa blindagem em torno de Lulinha e de outros personagens envolvidos no escândalo. Para tomarmos novos depoimentos só com a prorrogação dos trabalhos da CPI”, alegou Rubens Bueno.

O deputado lembrou que o cerco a Lulinha também está sendo feito em outras comissões. “Temos também requerimentos na CPI do BNDES e na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Ele precisa ser ouvido o mais rápido possível até porque não é a primeira vez que seu nome aparece vinculado a tramoias”, justificou o deputado.

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