Kim Jong-un ameaça os Estados Unidos e a Coreia do Sul com ataque nuclear

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O governo totalitarista de Pyongyang ameaçou executar “ataques preventivos” contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos em resposta a manobras militares anuais conjuntas que ambos os países iniciaram nesta segunda-feira (7).

“O Exército Popular [da Coreia do Norte] executará atos militares preventivos de neutralização, que podem incluir golpes mortíferos e impiedosos contra o inimigo”, destacou a Comissão Nacional de Defesa do país em comunicado divulgado pela agência estatal de notícias KCNA.

“O ataque nuclear indiscriminado […] mostrará claramente àqueles que anseiam por agressão e guerra o vigor militar da Coreia do Norte”, enfatiza o documento. “Se apertarmos os botões para aniquilar os inimigos agora, todas as bases de provocações serão reduzidas a um mar de chamas e cinzas em um instante.”


O ministro de Defesa da Coreia do Sul, Moon Sang-gyun, por sua vez, advertiu que se o Norte lançar “provocações” em resposta ao início dos exercícios militares, Seul responderá “sem piedade”. “A Coreia do Norte deve deter suas insolências, seus comentários e suas ações autodestrutivas agora mesmo”, acrescentou o líder sul-coreano em entrevista coletiva.

Pyongyang e Seul se pronunciaram após o início das manobras militares conjuntas que Estados Unidos e Coreia do Sul realizam anualmente. Os exercícios deste ano ocorrem num momento de tensão na Península da Coreia, após o recente teste nuclear realizado pela Coreia do Norte em fevereiro, seguido de novas sanções impostas pela ONU em represália ao país isolado.

Os exercícios anuais “Key Resolve” e “Foal Eagle”, que se estendem até o dia 30 de abril, serão os de maior escala já executados até agora pelos dois aliados. As manobras deste ano pretendem ser uma demonstração de força e reúnem mais de 300 mil soldados sul-coreanos e 15 mil militares americanos.

A Coreia do Norte, comandada com mão de ferro pelo destemperado e bufão Kim Jong-un, denuncia que os exercícios são um ensaio de guerra nuclear e invasão contra o país, enquanto Seul e Washington destacam o caráter defensivo das manobras. (Com agências internacionais)

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