Lava-Jato: mulher do marqueteiro João Santana pode entregar Gleisi em delação premiada

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O inferno político da senadora Gleisi Helena Hoffmann parece não ter fim. O jornalista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, adianta que não apenas Dilma Rousseff (PT) terá problemas com a delação premiada de Mônica Moura, mulher de João Santana. Mônica era a caixa forte de Santana, cuidava das finanças do marido-sócio e sabe tudo sobre os bastidores milionários das campanhas políticas do PT.

Em sua delação, Mônica deverá esquadrinhar todas as campanhas políticas feitas pela Polis Propaganda e Markting, empresa dela e do marido. Isso significa que entrarão no escrutínio da Operação Lava-Jato as campanhas de Lula (2006), Marta Suplicy (2008), Gleisi Hoffmann (2008) e Fernando Haddad (2012), além, claro, das de Dilma em 2010 e 2014.

Gleisi já foi delatada pelo doleiro Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras) por ter recebido propina do Petrolão, escândalo de corrupção inusitado no planeta e que funciona na Petrobras durante dez anos. Fora isso, a senadora é a principal investigada na Operação Pixuleco II (18ª fase da lava-Jato), que investiga um desvio de R$ 53 milhões a partir de esquema de empréstimos consignados.


Desse total desviado do esquema montado no Ministério do Planejamento, mais de R$ 7 milhões foram parar nas contas do advogado de Gleisi, o petista Guilherme Gonçalves. O escritório curitibano de Gonçalves passou a pagar as despesas pessoais da senadora.

Quando concorreu, sem sucesso, à prefeitura de Curitiba, em 2008, Gleisi teve o agora preso João Santana como comandante de sua campanha, a quem teria pago R$ 16 milhões. Com a delação de Mônica Moura será possível rastrear a origem desse dinheiro que foi parar no caixa do casal marqueteiro.

A fogueira luciferiana em que arde a petista Gleisi fica cada vez mais quente, mas a senadora insiste em defender Lula e Dilma, assim como atacar o juiz Sérgio Moro, que divulgou o conteúdo de alguns telefonemas nada republicano, como se o seu partido, o PT, não fosse o responsável primeiro e maior pelo período mais corrupto da história nacional.

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