Efusiva e irresponsável, Gleisi afirma que impeachment fracassou e Lula será eleito em 2018

gleisi_hoffmann_1030

Indiciada na companhia do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (do Planejamento e das Comunicações), pela Polícia Federal por corrupção passiva, investigada por levar dinheiro do Petrolão e denunciada em quatro delações premiadas da Operação Lava-Jato, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) não perde a petulância.

Em artigo publicado nesta segunda-feira (4), a parlamentar petista garantiu que o “impeachment fracassou” e, em um delírio de arrogância, previu que nada impedirá a eleição de Lula à Presidência em 2018.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que afunda na Lava-Jato como poucos no PT, atacou o editorial do jornal “Folha de S. Paulo”, que propôs o afastamento da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer e a convocação de eleições em noventa dias.

Para Gleisi, uma das principais investigadas pela Lava-Jato e chamada de “rainha do pixuleco”, o editorial “é a manifestação clara de que a articulação pelo impeachment deu errado”.


“Agora querem a renúncia da presidenta e a convocação de eleições em 90 dias. Eleições gerais? Para o Congresso também? Só isso teria algum sentido no meio de tantos desatinos. Por que a Folha de São Paulo só pede eleições presidenciais? Ajudou a criar um clima de ingovernabilidade e agora quer dar uma receita torta?”, questiona Gleisi como se não tivesse nenhuma conta a pagar e nenhuma explicação a dar pelas acusações de corrupção que se avolumam contra ela mesma. Sobre os crimes de que é acusada, nenhuma palavra.

O Brasil ainda é uma democracia e por isso a senadora petista goza do direito à livre manifestação do pensamento, mas Gleisi não pode querer que suas palavras sejam assimiladas como a mais pura e inocente expressão da verdade. Não se pode negar a possibilidade de o governo conseguir barrar o processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados, mas é preciso lembrar que essa manobra criminosa ganha espaço nas coxias do poder por conta do avanço da corrupção que derrete o País.

Como se não bastasse o fisiologismo bandoleiro que predomina na política nacional, a estratégia palaciana para conter o processo de impedimento de Dilma Rousseff não se limita à distribuição de cargos e à liberação de verbas públicas, mas ao pagamento, em dinheiro vivo, de polpudas quantias para parlamentares que aceitam se alinhar ao governo, contrariando a vontade da maioria da população.

Segundo apurou o UCHO.INFO, na última semana alguns políticos foram abduzidos com o pagamento de subornos que variaram entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, mas uma fonte informou a este portal que pelo menos três políticos receberam R$ 3 milhões, além de cargos e outros badulaques inerentes ao governo mais corrupto da história nacional. Apesar desse enredo que faz inveja ao personagem Al Capone, Gleisi Hoffmann consegue comemorar o que deveria ser objeto de lamentações. Quem sabe uma temporada atrás das grades não refresca seu pensamento.