Impeachment: governistas agem com torpeza em Comissão para tentar denegrir os que acusam Dilma

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Na quinta-feira (28), em sessão da Comissão Especial do Impeachment (CEI) que durou nove horas, petistas e governistas aturam de maneira torpe na tentativa de intimidar a advogada e professora Janaína Paschoal, que conjuntamente com os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior assinou o pedido de impedimento da presidente da República.

Que Dilma será afastada do cargo, mesmo que temporariamente, é algo pacificado entre todos os que acompanham o processo. Até mesmo a chefe do Executivo já admite isso em conversa com assessores e pessoas próximas. A estratégia palaciana, desde que o impedimento é algo irreversível, é tumultuar o processo na esperança de que algum dos que defendem o tema caia em contradição ou perca o controle.

A grande questão nesse embate que desceu às raias da covardia, até porque esquerdistas só agem dessa maneira, é não cair nessa esparrela, pois o intuito do tumulto é “vender” à massa ignara a falsa ideia de que Dilma Rousseff é uma pessoa honesta, que não cometeu crime de responsabilidade e que é vítima de um golpe parlamentar.

Ao longo da sessão da CEI ficou claro a disposição inequívoca dos bajuladores de Dilma para tumultuar o processo. Tanto é assim, que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o ex-cara pintada que deixou uma herança além de maldita em Nova Iguaçu, cidade da Baixa Fluminense que esteve sob sua batuta, tentou dar lições de hermenêutica ao professor Miguel Reale Júnior, cujo cuja trajetória profissional fala por si só, além do DNA do pai, o saudoso Miguel Reale, um dos maiores juristas brasileiros de todos os tempos.

A insistência dos petistas em afirmar que o processo de impedimento é ilegal e que inexistiu crime de responsabilidade não encontra respaldo nem mesmo na contracapa da Constituição Federal de 1988, que foi precisa ao abrigar a Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, também conhecida como Lei do Impeachment.

Considerando que não há como justificar, com base na legislação vigente, os atos da presidente da República, a saída é apelar à interpretação conveniente da lei, pois só assim é possível induzir a opinião pública a erro, terreno fértil para germinar a tese boquirrota do golpe.


Ainda sem o antídoto necessário para se proteger da peçonha que grassa entre os esquerdistas que bajulam o governo em troca de benesses espúrias, a advogada Janaína Paschoal tropeçou na armadilha que lhe foi lançada pelo senador Telmário Mota (PDT-RR), um ex-contabilista que de tão singular desconhece a necessidade do plural em algumas frases e palavras.

Demonstrando ser “raposa velha”, mas desconhecendo o significado de ética profissional, o senador roraimense questionou a advogada sobre um dos seus clientes – assunto alheio ao processo de impeachment –, um integrante do Ministério Público paulista acusado levianamente de ter agredido a ex-mulher. Ou seja, o objetivo dos obedientes governistas é desqualificar ao máximo, se possível fosse, os signatários do pedido de impeachment de Dilma.

Tão pífio quanto os textos que lhe entregaram para leitura – desconexa e enfadonha –, Telmário Mota, como genuflexo canhestro, repetiu a cantilena burra do governo e que volte e meia é entoada pelo alarife Lula, o agora lobista-palestrante. Que não se pode apear do poder uma presidente que permitiu que o filho do pobre estudasse ao lado do filho do rico. Como se isso fosse uma verdade plena e perene.

Nas insanas incursões que fez nas últimas semanas para defender o indefensável governo da “companheira” Dilma, o ex-metalúrgico disse que, contrariando o desejo da elite, o PT proporcionou aos pobres o direito de viajar de avião ao lado dos ricos. A esses gazeteiros de plantão não importa que o pobre tornou-se mais pobre por ter acreditado em uma lufada de milagre econômico que tem a essência de pesadelo. A esses profissionais da malandragem discursiva não importa que para proporcionar esse “voo de galinha” aos pobres a economia tenha sido destruída, apenas porque o populismo barato foi, nos últimos treze anos, a mola propulsora do cotidiano.

Fato é que o desgoverno de Dilma Rousseff está perto do fim, assim, como agoniza o projeto criminoso de poder esculpido pelo PT com o cinzel da delinquência política. Arrogantes e falsos moralistas, tentam imputar aos adversários as pechas que lhes cabem como fina luva de pelica. Dedo em riste, acusam os adversários de atos de corrupção, como se José Dirceu e João Vaccari Neto estivessem desfrutando de férias em alguma praia paradisíaca do planeta.

O jogo acabou e a Polícia Federal avança cada vez mais na direção do partido político que acertadamente já foi comparado a uma organização criminosa e que protagonizou o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, o Petrolão. Considerado o conjunto da obra, Dilma já deveria ter sido apeada do poder, mas, cumprindo o que determina a lei e a fumaça do bom direito, atenham-se os senadores ao objeto do pedido de impeachment: crime de responsabilidade.

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