Lava-Jato: com ódio de Moro, Gleisi, a “Amante”, aposta em Gilmar Mendes para escapar da cadeia

Ao mesmo tempo em que tenta se mostrar corajosa e destemida, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) não consegue mais esconder o ódio ao juiz Sérgio Moro e a aflição com a expectativa de em breve ir para a prisão. Risco que cresceu repentinamente com possibilidade de extinção do foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado.

As esperanças da senadora se concentram na 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), onde os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandoswski e Dias Toffoli têm se notabilizado pela soltura de corruptos do Petrolão. O trio votou pela libertação de José Dirceu, contrariando todas as evidências e provas de que o petista continuou delinquindo, durante o julgamento do Mensalão e mesmo cumprindo pena de prisão no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Gleisi, que já não pode circular em lugares públicos sem enfrentar a hostilidade popular, costuma dizer aos mais próximos que odeia o juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância da Justiça Federal pelas ações penais decorrentes da Operação Lava-Jato.


A cólera que tomou Gleisi Helena é tamanha, que a parlamentar não se cansa de atacar o titular da 13ª Vara Federal de Curitiba. Na opinião da senadora, Moro é responsável por todas as tragédias enfrentadas pelo PT, por Lula, Dilma e ela própria.

Acusada por sete delatores da Lava-Jato de ter recebido R$ 1 milhão do esquema criminoso conhecido como Petrolão, Gleisi viu seu calvário se agigantar no rastro do depoimento de ex-executivos de empreiteiras, os quais revelaram detalhes do processo de pagamento de propinas a políticos e autoridades.

Como se não bastasse, a senadora paranaense vive aos sobressaltos diante da possibilidade de retorno à prisão do seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), acusado de comandar operação criminosa que subtraiu mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados que recorreram a empréstimos consignados por meio do sistema Consist.

Gleisi, que aparece nas planilhas da Odebrecht com os sugestivos pseudônimos “Coxa” e “Amante”, confia nas investidas contra Moro e especialmente na mobilização de militantes para constranger a Justiça no dia do interrogatório de Lula.

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