Alemanha mantém Joachim Löw como técnico da seleção

A Federação Alemã de Futebol (DFB) anunciou nesta terça-feira (3) que Joachim Löw está mantido como técnico da seleção, apesar do fracasso na Copa da Rússia. No comando do time desde 2006, ele tem contrato até 2022.

Desde a eliminação precoce na primeira fase do Mundial, com duas derrotas e uma vitória, a pressão era grande pela saída de Löw. A imprensa classificou a participação alemã como fiasco, vexame e vergonha – e apontou o técnico como principal culpado.

Mas, para a DFB, a mudança, tão cobrada por jornais, comentaristas e ex-jogadores, pode ocorrer pelas mãos do próprio Löw. O argumento é de que não se pode jogar fora um trabalho feito por mais de uma década.

“Minha decepção também ainda é enorme. Mas eu gostaria agora, com grande empenho, pôr em andamento essa reconstrução”, disse o técnico após uma reunião com a cúpula da federação alemã.
“Reconstrução” foi a palavra mais repetida na imprensa após a derrota por 2 a 0 para a Coreia do Sul, que sacramentou a eliminação histórica.

Para os críticos, foi justamente a insistência de Löw em medalhões como Sami Khedira e Mesut Özil, em detrimento de jovens como Julian Brandt e Leroy Sané (que nem foi à Copa), que minou o desempenho da seleção.


Suas escolhas foram amplamente contestadas, e as atuações do time foram criticadas pelos próprios jogadores. O principal ponto: os problemas se mostravam desde os amistosos preparatórios para o Mundial, mas Löw demorou demais a vê-los.

“A última atuação convincente que tivemos foi no outono de 2017”, disse, por exemplo, o experiente zagueiro Mats Hummels, após o jogo com a Coreia.

Löw assumiu a seleção em 2006, em substituição a Jürgen Klinsmann, de quem era assistente desde 2004. Esteve até aqui à frente do time durante 165 jogos, com 109 vitórias e 27 derrotas. Sob seu comando, a seleção alemã foi ao menos semifinalista em três Eurocopas, ganhou uma Copa do Mundo e uma Copa das Confederações.

Segundo a DFB, a decisão de ficar foi do próprio Löw. Seu próximo desafio será em 6 de setembro, quando a seleção alemã estreia na primeira edição da Liga das Nações, contra a França. Três dias depois, disputa um amistoso contra o Peru.

“Após 14 anos de um bem-sucedido trabalho, temos que começar uma reconstrução, e pensaremos de forma concretar sobre como mudar as coisas de forma estrutural”, disse o diretor esportivo da seleção alemã, Oliver Bierhoff. (Com Deutsche Welle)