PGR decide investigar o histriônico Dallagnol e outros procuradores por causa de fundo bilionário

Foi pelos ares a brincadeira do procurador Deltan Dallagnol de criar um fundo com recursos (R$ 2,5 bilhões) de multas pagas pela Petrobras no âmbito da Operação Lava-Jato. O tal fundo, que viola a Constituição Federal, teve pedido de anulação enviado ao Supremo pela procuradora-geral Raquel Dodge.

A corregedoria da Procuradoria-Geral da República decidiu abrir procedimento interno para analisar e investigar os atos praticados pelos procuradores da Lava-Jato, a começar pelo histriônico Dallagnol, que comanda a força-tarefa que tem na mira os crimes cometidos no escopo do Petrolão, o maior e mais ousado esquema de corrupção da história.

De acordo com a PGR, todos os procedimentos da investigação estão sob sigilo, o que impede divulgar a data da abertura do procedimento, mas a decisão de investigar deixa claro que há um racha no Ministério Público Federal, que tornou-se mais evidente com a chegada de Sérgio Moro ao Ministério da Justiça.


Recursos da União desviados, quando recuperados, devem retornar aos cofres federais, não podendo servir a interesses escusos, mesmo que recobertos por supostas ações sociais. O papel do Ministério Público, como o próprio nome da instituição sugere, é cuidar do interesse público, não fazer benemerência e outros quetais.

Em marcha, nas coxias do tal fundo, estava um projeto de poder que reúne alguns dos integrantes do grupo de autoridades que investigou e condenou aqueles que se lambuzaram no dinheiro sujo do Petrolão e outros esquemas de corrupção, além de membros do Judiciário, da Polícia Federal e da Receita Federal.

O melhor exemplo desse projeto de poder é o próprio Sérgio Moro, que trocou a certeza de uma carreira no Judiciário pela incerteza de um cargo de ministro da Justiça. Não por acaso, Moro puxou para sua pasta o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Não obstante, já há quem faça campanha em favor de Moro de olho na corrida presidencial de 2022. Ora, quem quiser se candidatar a qualquer cargo eletivo que coloque a mão no bolso e gaste sola de sapato. Fazer campanha para com dinheiro público desviado é fácil.