The Economist afirma que Jair Bolsonaro se “isola no sentido errado” e “dá sinais de insanidade”

 
Jair Bolsonaro sabe que seu plano de reeleição foi seriamente comprometido pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, que exigiu de todas as nações afetadas pela Covid-19 o abandono de planos econômicos e de austeridades fiscal em nome de salvar vidas.

Com esse cenário, ao presidente da República restou continuar jogando para sua insana e fanática plateia, algo que faz desde a eleição de 2018, como forma de manter coesa a turba de apoiadores e eventualmente garantir sua participação no segundo turno da corrida presidencial de 2002.

Na esteira dessa decisão, Bolsonaro insiste em contrariar a ciência e manter investidas populistas, como as que vem adotando nos últimos dias, as quais induzem a população ao risco da contaminação pelo novo coronavírus, já que seus “passeios” causam aglomerações, o que e não é recomendado pelos especialistas em epidemiologia e infectologia, e levam as pessoas a quererem cumprimentá-lo e tirar fotos ao seu lado.

 
Esse populismo barato, típico de governante incompetente e movido pela ignorância, fez com Jair Bolsonaro fosse alvo de matéria da respeitada revista britânica “The Economist”, que acusou o presidente brasileiro de “se isolar no sentido errado”.

“A decisão de Bolsonaro de minar os esforços de seu próprio governo para conter o vírus podem marcar o começo do fim de sua presidência”, destaca a revista britânica, que ainda ressalta que os primeiros 15 meses do governo Bolsonaro se basearam em “bravatas de macho e ignorância”.

A publicação enfatiza que Bolsonaro parece sentir “ciúmes da popularidade crescente de um ministro que, na visão dele, precisa ser mais humilde”. Além disso, a “The Economist” reitera que o governo trata Bolsonaro como um “familiar difícil de lidar e com sinais de insanidade”, lembrando que o presidente conta com o apoio de “um pequeno círculo de fanáticos ideológicos que inclui seus três filhos, a fé de evangélicos e falta de informação de muitos brasileiros sobre o coronavírus”.