Impactada pela Covid-19, economia dos Estados Unidos despenca no segundo trimestre

 
A economia dos Estados Unidos despencou 9,5% no segundo trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, anunciou nesta quinta-feira (30) o Departamento de Comércio.

Se a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre fosse projetada para todo o ano, equivaleria a uma inacreditável retração de 32,9%. É a maior queda trimestral desde o início dos cálculos modernos do PIB pelo governo dos EUA, em 1947.

Em todo planeta, os dados do PIB costumam ser divulgados na comparação de um trimestre para o outro (ou na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior), mas as autoridades americanas costumam usar a taxa do trimestre projetada para o ano, chamada de taxa anualizada. Este ano, porém, ela é pouco útil porque dificilmente a economia dos EUA passará de novo por um colapso semelhante ao do segundo trimestre – assim, não faz sentido projetar a taxa do segundo trimestre para todo o ano.

O colapso não tem precedentes nas últimas décadas e é resultado da pandemia do novo coronavírus, que fechou empresas em todo o país e colocou milhões de americanos no desemprego.

Situações semelhantes ocorreram apenas durante a Grande Depressão e a desmobilização depois do fim da Segunda Guerra Mundial, afirmou o jornal “The New York Times”.

A queda de abril a junho sucedeu um retrocesso de 5% na projeção anualizada entre janeiro e março, quando a economia americana oficialmente entrou em recessão, pondo fim a 11 anos de expansão econômica, o período mais longo já registrado nos EUA.

 
A contração do segundo trimestre foi puxada pela queda no consumo interno, que responde por cerca de 70% da atividade econômica nos EUA. Na projeção anual, os consumidores gastaram 34,6% menos com o cancelamento de viagens e o fechamento de muitos bares e restaurantes, além de cinemas, teatros e outros locais.

A queda do PIB “destaca o choque sem precedentes à economia por parte da pandemia”, afirmou o economista AndrewHunter, da consultoria britânica Capital Economics. Segundo ele, deverá levar anos para recuperar o estrago.

O mercado de trabalho foi duramente afetado pela pandemia. Dezenas de milhões de empregos desapareceram na recessão. Ao longo de 19 semanas, mais de 1 milhão de pessoas solicitaram algum tipo de auxílio-desemprego. Cerca de um terço dos empregos perdidos já foi recuperado, mas a volta do vírus deverá causar novos estragos.

O presidente Donald Trump pressionou os estados para reabrirem o comércio, apesar dos alertas de que o vírus continua sendo uma ameaça para trabalhadores e consumidores, principalmente no setor de serviços.

Para muitos economistas, a economia só poderá se recuperar plenamente quando o vírus for derrotado. Essa é a opinião do presidente do Federal Reserve (banco central americano), Jerome Powell, que nesta quarta-feira anunciou juros baixos por um longo tempo. (Com agências internacionais)

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