Bolsonaro decide demitir presidente do BB por fechamento de agências e redução de funcionários

 
Durante a campanha presidencial e após sair vitorioso das urnas, em 2018, Jair Bolsonaro reconheceu publicamente ser um néscio em economia, transferindo todos os questionamentos sobre o tema para Paulo Guedes, atual (e ainda) ministro da Economia, que à época foi apelidado de “Posto Ipiranga”.

Governando o Brasil com a mesma destreza do tratador da estrabaria do quartel, Bolsonaro toma decisões de olho em seu projeto de reeleição, que pelo fracasso da economia nos últimos dois anos começa a apresentar sinais de desgaste.

A proposta de reestruturação do Banco do Brasil, que prevê o fechamento de 112 agências e a demissão de aproximadamente 5 mil funcionários, acendeu a luz vermelha no Palácio do Planalto, mais precisamente no gabinete presidencial.

Diante do desgaste provocado pelo anúncio do plano do BB, Bolsonaro decidiu demitir o presidente da instituição financeira, André Brandão, medida que ainda não foi consumada oficialmente.

 
Há muito balançando no cargo de ministro da Economia, Paulo Guedes – que na fatídica reunião ministerial de 22 de abril disse, em referência ao BB, “tem que vender essa porra logo” – tenta demover o presidente da República da ideia.

O plano de reestruturação do Banco do Brasil foi considerado positivo por investidores e pela equipe econômica do governo, o anúncio não foi bem recebido no Palácio do Planalto, que no momento abriu o “balcão de negócios” para tentar obter apoio no Congresso, principalmente no âmbito da candidatura de Arthur Lira, que pretende substituir Rodrigo Maia no comando da Câmara dos Deputados.

Para que o leitor tenha ideia do escárnio em que se transformou o governo de Jair Bolsonaro, que no início do mandato demonizou o que rotulou como “velha política”, em apenas um dia o presidente da República recebeu em palácio oito deputados federais, de quem ouviu reclamações sobre o fechamento de agências do Banco do Brasil.

Considerado inoportuno, o anúncio sobre o projeto de reestruturação do BB provocou desgaste político, o que levou Bolsonaro a decidir pela demissão de André Brandão. No contraponto, na Bolsa de Valores, rumores sobre uma possível demissão de Brandão levou as ações da instituição financeira a registrarem queda de 4,7% nesta quarta-feira (13).

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