Covid-19: Fiocruz defende intervalo de 12 semanas para vacina da AstraZeneca

 
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em nota divulgada na noite desta terça-feira (13), defendeu a manutenção do intervalo de 12 semanas entre a primeira e a segunda dose da vacina da Oxford-AstraZeneca, fabricada no Brasil em Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Também na terça-feira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, autorizou os 92 municípios fluminenses a adiantarem a aplicação da segunda dose do imunizante para oito semanas.

“A Fundação esclarece que o intervalo de 12 semanas entre as duas doses recomendada pela Fiocruz e pela AstraZeneca considera dados que demonstram uma proteção significativa já com a primeira dose e a produção de uma resposta imunológica mais robusta quando aplicado o intervalo maior”, destaca a nota. “Adicionalmente, o regime de 12 semanas permite ainda acelerar a campanha de vacinação, garantindo a proteção de um maior número de pessoas.”

 
Na nota, a Fiocruz ressalta que, “até o momento, a vacina produzida pela fundação tem se demonstrado efetiva na proteção contra as variantes em circulação no País já com a primeira dose. Adicionalmente, em relação à variante Delta, uma pesquisa da agência de saúde do governo britânico, publicada em junho, aponta que a vacina da AstraZeneca registrou 71% de efetividade após a primeira dose e 92% após a segunda para hospitalizações e casos graves”.

Já há casos da variante delta registrados no Brasil, mas a variante gama é a predominante (mais de 70% dos casos). Combater a variante delta foi a alegação do governador Cláudio Castro para autorizar os municípios a anteciparem o intervalo para a aplicação da segunda dose da AstraZeneca.

A Fiocruz deve concluir em agosto a entrega das 100 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 previstas no acordo firmado com a AstraZeneca. Anteriormente, a previsão era de que todas as doses seriam entregues até julho.

O ajuste no prazo não provocará impacto no Plano Nacional de Imunizações (PNI), informa a Fiocruz. Isso porque as entregas de vacinas ocorrerão de forma contínua até o fim do ano, já que foram contratadas mais 70 milhões de doses e também está em andamento a produção dos primeiros lotes nacionais do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) utilizado na produção do imunizante.

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