Carlos Brandão, experiente vice-governador do Maranhão, está preparado para liderar o Estado

 
Vice-governador do Maranhão, filiado ao PSDB e tendo cumprido dois mandatos de deputado federal, Carlos Orleans Brandão Júnior recebeu o UCHO.INFO em seu gabinete, no Edifício João Goulart, localizado a poucos metros do Palácio dos Leões, sede do Executivo maranhense, para entrevista sobre o atual cenário político no Estado e os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus.

Nascido em Colinas, cidade na região Leste do Estado e distante 455 quilômetros da capital São Luís, Carlos Brandao assumirá o governo estadual em abril de 2022, quando o governador Flávio Dino (PSB) terá de se desincompatibilizar do cargo para concorrer a uma vaga no Senado Federal nas eleições do próximo ano.

Brandão tem vários desafios pela frente e demonstrou competência política – fruto da experiência acumulada nos cargos que ocupou –, conhecimento e disposição para não apenas avançar com os atuais programas do governo, mas principalmente em relação a novas medidas para melhorar a vida do povo maranhense.

O vice-governador falou sobre o desafio de comandar o Estado na esteira dos muitos efeitos colaterais proporcionados pela pandemia, que parece resistir à ciência com suas mutações. Um dos pontos destacados por Carlos Brandão foi o esforço do governo no combate à fome e à pobreza ao longo da mais grave crise sanitária dos últimos cem anos.

Os efeitos da pandemia

Carlos Brandão classificou como “muito difíceis” os dois últimos anos (2020 e 2021), principalmente porque a pandemia de Covid-19 pegou a todos de surpresa. E combater a doença nos primeiros meses foi extenuante, em especial pelo fato de à época não existir vacinas contra o vírus.

Segundo o vice-governador maranhense, a gestão estadual seguiu todos os protocolos sanitários como forma de evitar a disseminação do vírus, “cumprindo a obrigação”, apesar da grandiosidade do desafio. Brandão destacou que “o Maranhão foi considerado o estado que teve o melhor desempenho no combate ao coronavírus”.

Para tanto, ressaltou, o governo estabeleceu três eixos para enfrentar o até então desconhecido SARS-CoV-2. O primeiro eixo foi “salvar vidas”, o que levou o Estado a expandir o serviço público de saúde, contratação de milhares de profissionais do setor e a construção de 18 hospitais e 13 policlínicas. Além disso, o governo do Maranhão construiu hospitais de campanha, comprou respiradores e ampliou o número de leitos de UTI, assim como investiu no transporte aéreo de pacientes e na logística para distribuição de vacinas.

Carlos Brandão enfatizou a questão política envolvendo a compra e distribuição de vacinas por parte do governo federal, que até hoje insiste na postura negacionista diante de uma situação óbvia e devidamente comprovada pela ciência. Esse impasse contribui para a perda de aproximadamente 10 mil vidas no Maranhão, porcentual menos gravoso se considerado o contingente populacional do Estado. De toda forma, qualquer vida perdida é uma tragédia.

Emprego e renda

Além dos investimentos na área da saúde, como mencionado acima, Carlos Brandão ressaltou as medidas adotadas para a geração de emprego e renda (segundo eixo). A partir do “Plano Celso Furtado”, elaborado pela equipe do governo, investimentos da ordem de R$ 1 bilhão em obras proporcionou a geração de novos postos de trabalho e, por consequência, distribuiu renda. O Maranhão, segundo Brandão, foi o Estado do Nordeste que mais gerou empregos em 2020 – 23 mil novas vagas, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) – e terceiro colocado no ranking nacional.

Essa medida foi importante no momento em que a pandemia levou muitas empresas do Maranhão a encerrarem suas atividades, o que significa aumento do número de desempregados, mão de obra absorvida pelas obras do governo.

 
O terceiro eixo focou na criação de programas sociais para minimizar o sofrimento da população maranhense, como o “Comida na Mesa”, que distribuiu cestas básicas às famílias carentes (mais de 1 milhão de cestas distribuídas), além de 120 mil “vale-gás” para pessoas com baixa renda e cadastradas no Bolsa Família.

Outra medida importante foi a expansão do programa “Restaurante Popular”. Por ocasião do início do atual governo (Dino-Brandão), em 2015, o Maranhão tinha apenas 6 unidades do “Restaurante Popular, número saltou para 63. Brandão explicou que o preço cobrado por refeição era de R$ 3, valor subsidiado pelo governo, que desembolsava R$ 10. Por conta do agravamento crise gerada pela pandemia, o valor da refeição passou para R$ 1, com subsídio de R$ 12 por parte da administração estadual, que ampliou o programa para almoço e jantar.

Programas sociais e incentivos

Como forma de ajudar as empresas do Estado, o governo estadual transferiu o pagamento do ICMS para o segundo semestre, dando “fôlego” aos empresários. Também foi implementado o “auxílio combustível”, que beneficiou taxistas, mototaxistas e motoristas por aplicativo. Além disso, o governo do Maranhão instituiu auxílio para os catadores de resíduos sólidos, prejudicados pela falta de eventos, e a classe artística.

A gestão Dino-Brandão instituiu também o programa “Minha Casa Melhor”, que consiste no sorteio de 45 mil cartões de débito, com limite previamente estabelecido, para que as famílias adquiram móveis, utensílios e eletrodomésticos. No momento em que o sorteado realiza as compras, os estabelecimentos comerciais continuam funcionando, gera emprego e renda e impulsiona a arrecadação de tributos.

Com 60% da população maranhense vacinada com duas doses contra a Covid-19 (80% já tomaram a primeira dose), o governo atua fortemente para que as pessoas completem o clico vacinal, inclusive com a terceira dose. Para isso foi criado um programa que sorteia valores em dinheiro (de R$ 1 mil a R$ 10 mil) entre os que completam a imunização.

Preocupado com os efeitos da pandemia na economia e principalmente na vida cotidiana da população, o governo criou outros programas sociais, como o “Cuidar”, destinado aos jovens que tornaram-se órfãos em decorrência da Covid-19. O programa que disponibiliza R$ 500 mensais aos que perderem o pai e a mãe, garantido a permanência na escola até a maioridade (18 anos). Também há o “Mais Renda”, projeto que distribuiu a determinados nichos da população carrinhos (de pipoca, cachorro-quente, batata frita e churros, entre outros produtos), garantindo renda a essas pessoas. Além disso, o governo investiu em cursos de capacitação profissional.

Preparo e trajetória ilibada

Em relação a 2022, o vice-governador Carlos Brandão disse que até abril serão inauguradas aproximadamente 600 obras em todo o Estado, além de outras que serrão concluídas no próximo ano e várias em processo de licitação.

Brandão falou sobre a aliança entre o PSDB, seu partido, e o PCdoB, permitindo a formação de uma chapa que em 2014 conquistou nas urnas o direito de ocupar o Palácio dos Leões. Escolhido por Flávio Dino para ser companheiro de gestão no primeiro governo, Brandão foi candidato a vice-governador em 2018, o que confirma sua lealdade política, não sem antes referendar a experiência como político e administrador público. O que possibilitou essa parceria, que transcendeu o campo ideológico, foi o desejo comum de mudar os indicadores do Estado e diminuir as desigualdades sociais.

Atento ao fato de que o governo do Maranhão foi considerado pelo G1, por três vezes, como o melhor governo estadual do País, Brandão está ciente da responsabilidade ainda maior que o espera dentro de alguns meses. Não obstante, o vice-governador, candidato natural ao governo em outubro de 2022, cumprirá o compromisso firmado por 13 partidos políticos, que estabeleceram a política social da atual administração como baliza para o próximo governo. Sendo assim, Carlos Brandão é não apenas o candidato natural, como citado, mas o mais preparado para o cargo.

Além da sua inequívoca experiência como homem público, Carlos Brandão tem a seu favor um detalhe importante e quase raro na política brasileira: após 30 anos servindo ao Maranhão e aos maranhense, o vice-governador não responde a qualquer processo judicial.

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