Como antecipamos em matéria publicada na edição de quarta-feira (30), o ex-juiz Sérgio Moro está deixando o Podemos, partido pelo qual seria candidato à Presidência da República, para se filiar ao União Brasil, legenda resultante da fusão entre o PSL e o Democratas.
Uma vez filiado ao União Brasil, algo que precisa acontecer até 2 de abril, Moro não será candidato à Presidência, mas deve concorrer a uma vaga de deputado federal. O ex-juiz da Operação Lava-Jato enfrentava dificuldades no Podemos, onde integrantes da legenda resistiam à sua candidatura por razões financeiras.
Moro, que até então liderava o segundo pelotão da corrida presidencial, exigia do Podemos grande quantidade de recursos para fazer sua candidatura avançar com mais ímpeto. No União Brasil, que tem dinheiro de sobra e capilaridade em termos de palanques estaduais, Sérgio Moro acabou escanteado como presidenciável.
Ex-ministro da Justiça, Moro tem aliados no União Brasil, como os deputados Júnior Bozzella (SP) e Kim Kataguiri (SP), mas uma ala de lideranças oriundas do Democratas, comandada pelo secretário-geral da legenda, ACM Neto, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, resistiram à possibilidade de tê-lo como candidato a presidente.
O União Brasil tem conversado constantemente com o PSDB e o MDB na tentativa de lançar candidatura única, como contraponto ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas eleitorais.
Caso se confirme a informação de que será candidato à Câmara dos Deputados pelo Paraná, seu domicílio eleitoral, Sérgio Moro não precisaria deixar o Podemos, mas concorrer pela própria legenda. Esse detalhe mostra que algo mais complexo deve ter ocorrido nos bastidores da legenda.
Com o novo quadro que surge, o beneficiado por ser Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT. Ciro, que faz oposição declarada a Bolsonaro e Lula, tem chance de atrair os eleitores de Sérgio Moro e João Dória.
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