“Guarda pretoriana” de Bolsonaro insiste em defender um golpista movido pela delinquência intelectual

 
O pânico alcançou os lictores do golpismo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que nesta segunda-feira (18), durante encontro com diplomatas estrangeiros no Palácio da Alvorada, conseguiu derreter ainda mais a imagem do Brasil no exterior. Isso porque o chefe do Executivo mentiu de forma escancarada sobre as urnas eletrônicas, o sistema de votação, a realidade da economia brasileira e a atuação do governo na pandemia.

Agindo como rebanho, que atende ao som do berrante, apoiadores de Bolsonaro resistem a enxergar o óbvio, por isso tentam demonizar qualquer crítica ao presidente da República, que parece ter emergido da vala da delinquência intelectual, assim como os membros do clã presidencial e todos que o cercam e bajulam.

Não bastassem os ataques ao sistema eleitoral, às urnas eletrônicas, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao Supremo Tribunal Federal (STF), bem como aos respectivos ministros, Bolsonaro acionou a manivela da mitomania e afirmou que em termos econômicos o Brasil “está voando” e que o governo foi “bem durante a pandemia”.

Fossem verdadeiras as declarações de Bolsonaro, a PEC Kamikaze, que turbina benefícios sociais e cria outros de forma pontual, sequer teria sido cogitada. Como a crise econômica é crescente, assim como o torpe e obsequioso silêncio de Paulo Guedes, a referida PEC foi aprovada para garantir a compra de votos e eventualmente dar ao presidente melhor desempenho nas pesquisas eleitorais.

O Brasil tem 33 milhões de pessoas no terreno da fome e outras 61 milhões em situação de insegurança alimentar, mas Bolsonaro ousa distorcer a realidade, apostando que todos os representantes diplomáticos vivem à margem da realidade.

 
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No tocante à pandemia do novo coronavírus, Jair Bolsonaro exala covardia ao ignorar as 675 mil mortes oficiais por Covid-19 e ao desrespeitar a dor das famílias que perderam entes queridos em meio à mais grave crise sanitária dos últimos cem anos.

Não obstante, confirmando o dito popular de que “o fruto não cai longe da árvore”, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), comandante do esquema criminoso das “rachadinhas”, usou as redes sociais para tentar minimizar o estrago produzido pelo pai durante encontro com diplomatas. O parlamentar fluminense afirmou que a instabilidade jurídica existente no País decorre da resistência do TSE frente às propostas absurdas e golpistas das Forças Armadas para aprimorar (sic) o sistema eleitoral.

“Toda a instabilidade jurídica e política no Brasil é consequência da intolerância do @TSEjusbr em aprimorar o sistema de votação, o que causa desconfiança. No mesmo segundo que aceitarem as sugestões técnicas de especialistas (+ segurança e transparência) tudo estará resolvido”, escreveu Flávio Bolsonaro.

O presidente da República ameaça a democracia, ignora o Estado de Direito e atropela a Constituição Federal sem qualquer dose de cerimonia desde o primeiro dia do mandato, mas a culpa pela instabilidade jurídica é do TSE. O que Flávio Bolsonaro deseja é criar uma narrativa que sirva como abre-alas para o golpe. Isso porque o senador sabe que sem mandato o pai corre sério risco de acabar atrás das grades.

Somente alguém que chafurda no cocho da delinquência intelectual é capaz de apoiar um presidente da República que deveria ser interditado imediatamente por deficiência cognitiva. Até mesmo os integrantes da equipe de campanha, comandados por Flávio Bolsonaro, classificaram como desastroso o discurso do presidente aos diplomatas. Afinal, Bolsonaro insiste em entoar o discurso do derrotado quando ataca o sistema eleitoral.


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