China enviará tropas à Rússia para exercícios militares conjuntos

 
O Ministério da Defesa chinês anunciou nesta quarta-feira (17) que enviará tropas à Rússia para participar de exercícios militares conjuntos com outros países, incluindo Índia e Belarus. As manobras estão marcadas para começar no fim de agosto.

Segundo o ministério, a participação da China nos exercícios conjuntos “não tem relação com a atual situação internacional e regional”.

Em comunicado, a pasta informou que os exercícios visam aprofundar a “cooperação pragmática” entre os países, melhorar o nível de “colaboração estratégica” entre os participantes e fortalecer a capacidade de resposta a várias ameaças à segurança.

Mesmo enquanto trava uma guerra custosa contra a Ucrânia, a Rússia realizará as manobras, designadas “Vostok 2022” (Leste 2022), entre 30 de agosto e 5 de setembro. Seus últimos exercícios desse tipo ocorreram em 2018, quando a China participou pela primeira vez.

Além de China, Índia e Belarus, também participarão da operação militar o Tajiquistão e a Mongólia, entre outros países. Os exercícios serão realizados em 13 locais na Rússia.

 
Manobras em Taiwan

O anúncio da China ocorre dias após o Exército chinês realizar novas manobras militares em torno de Taiwan. Os exercícios se intensificaram após a visita à ilha da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, vista pela China como afronta.

O regime de Pequim considera a ilha como território chinês e criticou a visita de Pelosi – assim como qualquer atitude que possa sugerir que Taiwan é um país independente.

Embora os EUA não mantenham relações diplomáticas formais com Taiwan, Washington é o mais importante apoio político e militar de Taipei.

No último domingo (14), uma delegação de parlamentares norte-americanos desembarcou em Taiwan para visita de dois dias, com direito a encontro com a presidente Tsai Ing-wen.

A delegação de cinco membros, liderada pelo senador democrata Ed Markey, do estado de Massachusetts, reuniu-se com líderes de Taiwan para discutir as relações dos Estados Unidos com a ilha, segurança regional, comércio, investimento e outros assuntos.

No momento em que a guerra na Ucrânia avança sem perspectiva de um acordo de paz, o que reforça as tensões no âmbito internacional, as visitas de Nancy Pelosi e de outros parlamentares estadunidenses a Taiwan podem ser classificadas como desnecessárias e irresponsáveis.

O presidente Joe Biden precisa rever com urgência a política externa do seu governo. Tudo o que o planeta menos precisa atualmente é uma nova frente de conflito internacional. (Com agências internacionais)


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