Após a morte de Elizabeth II, Charles III faz seu primeiro discurso como rei

     
    Charles III fez nesta sexta-feira (9) seu primeiro discurso televisionado como novo monarca do Reino Unido e de mais 14 países que têm o ocupante da coroa britânica como chefe de Estado.

    Um dia após a morte da mãe, Elizabeth II, Charles afirmou que pretende renovar o compromisso da rainha de dedicar sua vida a servir o povo. Ele ainda lembrou a trajetória da monarca, que reinou por 70 anos.

    “Através da vida, a rainha, minha amada mãe, foi uma inspiração e um exemplo para mim e para toda minha família, e temos com ela a dívida mais sincera que qualquer família pode ter com sua mãe”, disse Charles, de 73 anos, sucessor que mais tempo aguardou para assumir a coroa no Reino Unido.

    “Além da perda pessoal, nós também compartilhamos com vocês no Reino Unido e em todos os países onde ela era rainha um sentimento profundo de gratidão em que minha mãe serviu aos povos de tantas nações.”

    O discurso foi gravado no Palácio de Buckingham nesta sexta e televisionado às 18h (14h em Brasília) pela BBC.

    “Nos últimos 70 anos, vimos nossa sociedade se transformar em outra de muitas culturas e crenças. As instituições mudaram em resposta. Mas através de todas essas mudanças e desafios, nossa nação prosperou e floresceu. Nossos valores se mantiveram e devem se manter, os mesmos”, prosseguiu Charles.

    “Minha vida, claro, vai mudar com as novas responsabilidades. Eu não vou poder dedicar meu tempo à caridade, mas eu sei que esse trabalho vai seguir nas mãos de outras pessoas.”

     
    Na etapa final do discurso, Charles III citou a mulher, Camilla Parker Bowles, e afirmou que ela se torna agora a rainha consorte. O novo rei ainda mencionou o filho mais velho, William, e a esposa desse, Kate Middleton, que agora passam a contar com novos títulos reais. William será o novo príncipe de Gales – título que Charles usou por décadas – e Kate, princesa de Gales.

    “Quero expressar meu amor por Harry e Meghan, que continuam a construir a vida deles em outro país”, afirmou Charles, citando seu segundo filho.

    Charles III finalizou o discurso lembrando mais uma vez da sua mãe, a monarca mais longeva do Reino Unido. “Para minha querida mamãe, quando começa a sua última jornada, vou simplesmente dizer obrigado pelo seu amor e devoção à nossa família e à família de nações que você serviu com tanta diligência”, disse.

    Apesar de ter assumido o trono britânico imediatamente após a morte da rainha Elizabeth, o novo rei, Charles 3°, levará pelo menos alguns meses para ser coroado. A cerimônia de coroação, a ser realizada na Abadia de Westminster, exige um tempo de preparação que pode ir de meses a anos.

    A rainha Elizabeth só foi coroada em junho de 1953, um ano e meio após assumir o trono, em fevereiro de 1952. Por tratar-se de um evento de Estado, custeado pelo governo britânico, a coroação envolve convite a líderes estrangeiros, principalmente dos países do Commonwealth, associação de 56 países dos quais quase todos faziam parte do antigo Império Britânico.

    Dos países do Commonwealth, 14 mantêm o monarca do Reino Unido como chefe de Estado: Austrália, Antígua e Barbuda, Bahamas, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Nova Zelândia, Ilhas Salomão e Tuvalu. Barbados tinha a rainha Elizabeth como chefe de Estado até novembro do ano passado, quando rompeu com a monarquia britânica e tornou-se uma república.

    O rei Charles III será o quadragésimo monarca a receber a coroa na Abadia de Westminster, em cerimônia religiosa que é realizada há mais de 900 anos e passou a seguir os rituais da Igreja Anglicana, após sua criação pelo rei Henrique VIII, em 1534.


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