Abjetos, Moro e Dallagnol confirmam que condução da Lava-Jato serviu a espúrio interesse político

 
Os resultados das eleições contrariaram o bom-senso e surpreenderam boa parte do eleitorado. É importante frisar que a partir de fevereiro de 2023, quando terá início a nova legislatura, o Congresso Nacional recepcionará os “lobos” de sempre e alguns novos dispostos a entrar no ritmo do proxenetismo político. Há raras e honrosas exceções, como em todos os segmentos da vida, mas a maioria dos parlamentares estará pronta para levar o País na direção do retrocesso e do obscurantismo.

Beira o incompreensível a decisão do eleitorado paranaense de eleger Deltan Dallagnol para a Câmara dos Deputados e Sérgio Moro ao Senado Federal. No âmbito da Operação Lava-Jato, Dallaganol e Moro atropelaram a legislação vigente em nome de um projeto político e de poder, que agora se confirma com todas as letras.

Após a divulgação dos resultados das urnas, Sérgio Moro usou as redes sociais para afirmar que “a Lava Jato vive e vai chacoalhar Brasília novamente”. “Grande vitória. Vencemos todo o sistema político contra nós. Poucos aliados políticos, mas valorosos. Vencemos o PT no Paraná. A Lava Jato vive e vai chacoalhar Brasília novamente”, escreveu o ex-juiz.

Dallagnol também foi às redes sociais para agradecer aos eleitores do Paraná por ter conquistado um mandato como deputado federal. “Hoje, a Lava Jato renasceu como uma fênix, mas não das cinzas, e sim dos corações dos mais de 340 mil paranaenses”, escreveu o ex-procurador, que foi parabenizado por Moro.

 
“O povo paranaense mandou um recado claro sobre o que pensa a respeito do procurador da Lava Jato e sobre todas as artimanhas jurídicas que visaram e ainda visam prejudicá-lo”, escreveu Moro.

Se declarações de ambos confirmam que a Lava-Jato, em especial as ações penais envolvendo o ex-presidente Lula, serviu a um projeto de poder, agora o apoio declarado de Sérgio Moro ao presidente Jair Bolsonaro prova que a extrema direita está disposta a tudo e mais um pouco para levar o Brasil ao retrocesso.

“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, afirmou Moro em sua conta no Twitter.

Não tem moral para falar em combate à corrupção quem condenou a Odebrecht e depois associou-se à consultoria Alvarez & Marsal, responsável pela recuperação judicial da empreiteira. Além disso, Moro tem ciência de que a corrupção corre solta nos subterrâneos do governo Bolsonaro, mas prefere fingir ignorar os fatos em nome do oportunismo político rasteiro.

O Brasil há de se arrepender dessa onda de falso moralismo, que tem na proa um defensor do autoritarismo e adorador de ditadores e torturadores.


Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.