PGR denuncia ao Supremo mais 139 radicais presos nos atos golpistas de 8 de janeiro

 
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (14), denúncias contra 139 pessoas presas em flagrante durante a invasão e depredação das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro.

Do total, 137 foram presas dentro do Palácio do Planalto e outras duas na Praça dos Três Poderes com rojões, facas, cartuchos de gás lacrimogêneo e material para produzir explosivos caseiros.

Todas são acusadas de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.

Ao todo já foram denunciadas 835 pessoas no escopo do caso cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.

Maioria dos denunciados é de incitadores

A maioria dos denunciados até agora (645) é de incitadores dos atos, por terem participado de manifestações ou foram presas no acampamento em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, mas sem envolvimento direto como o vandalismo praticado contra os prédios da Praça dos Três Poderes.

Outras 189 pessoas respondem por invasão e depredação, além de um agente público acusado de omissão.

De acordo com levantamento divulgado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, atualmente há 611 homens e 305 mulheres presos em Brasília por envolvimento com os atos golpistas. Outras 460 pessoas foram soltas, mas continuam sendo monitoradas através de tornozeleiras eletrônicas.

 
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Operação da PF

Também nesta terça-feira, a Polícia Federal (PF) prendeu pelo menos cinco pessoas na sexta fase da Operação Lesa Pátria, para identificar participantes e financiadores dos atos golpistas do 8 de janeiro, bem como pessoas que se omitiram ou fomentaram os ataques às sedes dos três Poderes, em Brasília.

O objetivo era cumprir oito mandados de prisão preventiva e treze de busca e apreensão nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na segunda-feira (13), a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal em Brasília a condenação de 54 pessoas, além de três empresas, uma associação e um sindicato, a ressarcirem os cofres públicos em R$ 20,7 milhões pela depredação das sedes dos Três Poderes durante os atos golpistas de 8 de janeiro. (Com agências de notícias)


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