Ministério da Justiça demite três policiais rodoviários envolvidos na morte de Genivaldo Santos

 
O ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou nesta segunda-feira (14) a demissão de três policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo Santos, em Sergipe, no dia 25 de maio de 2022.

“Estou assinando a demissão de 3 policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do Sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito”, escreveu Dino no Twitter.

Genivaldo morreu aos 38 anos, após ser trancado por três policiais no porta-malas de um carro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e forçado a inalar gás lacrimogêneo, em 25 de maio de 2022. Ele foi abordado por trafegar de moto sem capacete na BR-101, na cidade de Umbaúba.

Os três policiais, William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho, foram presos em outubro de 2022 e devem ir a júri popular. No início do mês, a corregedoria da PRF já havia recomendado a demissão dos três agentes.

Suspensão

O ministério também suspendeu outros dois agentes da PRF, também por relação com o caso Genivaldo. Eles foram enquadrados na regra que pune quem viola deveres funcionais e comete infrações disciplinares previstas no regimento interno. São eles: Clenílson José dos Santos, suspenso por 69 dias; Adeílton dos Santos Nunes, por 38 dias.

 
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Cursos de formação

Dino também disse que o ministério está revisando os cursos para formação de policiais, com o objetivo de combater abordagens como a que sofreu Genivaldo.

“Estamos trabalhando com Estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a Lei, melhorando a Segurança de todos. Determinei a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal, para aprimorar tais instrumentos, eliminando eventuais falhas e lacunas”, continuou o ministro.

Voltando no tempo

É importante lembrar que a PRF envolvida no assassinato de Genivaldo Santos é a mesma que, sob o comando do bolsonarista Silvinei Vasques, agiu criminosamente em cidades do Nordeste para impedir que eleitores de Luiz Inácio Lula da silva chegassem aos locais de votação.

Silvinei, que era subordinado ao então ministro Anderson Torres (Justiça), foi preso na última quarta-feira (9) pela Polícia Federal por causa da ilegal interferência no segundo turno da eleição presidencial, em 30 de outubro de 2022.


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