Após desistência de Nikki Haley, Trump tem o caminho livre para concorrer à Casa Branca

 
Ex-embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley decidiu nesta quarta-feira (6) abandonar a disputa pela indicação do Partido Republicano à eleição presidencial de novembro próximo.

“Chegou a hora de suspender minha campanha”, disse Haley, ao anunciar sua decisão em breve discurso em Charleston, no estado da Carolina do Sul. “Eu disse que queria que os americanos tivessem suas vozes ouvidas. Eu fiz isso. Não me arrependo de nada.”

Haley também admitiu que Donald Trump provavelmente será o candidato republicano, acrescentando: “Eu lhe desejo o melhor”. No entanto, Haley não ofereceu um endosso total a uma candidatura do ex-presidente. “Nunca siga apenas a multidão. Sempre decida por si mesmo”, disse, citando ditado da ex-premiê britânica Margaret Thatcher.

Com a desistência, Trump se livrou do último obstáculo para assegurar a indicação para concorrer à Casa Branca. Antes disso, a popularidade de Trump entre os republicanos já havia resultado na desistência de outros pré-candidatos, como o governador Ron DeSantis (Florida), que falharam em se colocar como uma alternativa ao ex-presidente.

A forma como as primárias têm caminhado aponta para uma reedição do duelo entre Trump e o atual presidente Joe Biden, a exemplo do que ocorreu na campanha de 2020. Assim como Trump, Biden também praticamente assegurou a candidatura pelos democratas. No momento, Joe Biden já garantiu 1.470 dos 1.968 delegados necessários, enquanto Trump conta com 995 de 1.215.

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Trump domina a Superterça

A desistência de Nikki Haley ocorreu após Trump dominar a chamada “Superterça”, data crucial das primárias nos EUA, tanto no Partido Republicano quanto no Democrata.

Dos 15 estados americanos que estavam em jogo, a ex-governadora da Carolina do Sul ganhou as primárias somente no pequeno Vermont. Trump, por sua vez, venceu nos outros 14, incluindo estados com população significativa, como Texas e Califórnia.

Nas etapas anteriores, Donald Trump havia vencido praticamente quase todas primárias republicanas realizadas, incluindo Iowa, New Hampshire, Nevada, Carolina do Sul, Michigan, Idaho e Missouri.

Haley, por sua vez, obteve no último domingo (3) apenas uma vitória magra, na capital dos Estados Unidos, Washington DC, com aproximadamente dois terços dos votos. Porém, Washington DC só tem 17 delegados (que foram todos para ela). Em comparação, Trump, ao vencer apenas na Califórnia na Superterça, assegurou 169 delegados.

Atualmente respondendo a diversos processos, o ex-chefe de Estado (2017-2021) celebrou a “noite fantástica”: “Eles a chamam de Superterça por uma razão”, comentou à multidão em júbilo reunida diante de sua mansão-clube em Mar-a-Lago, Flórida.

A desistência de Nikki Haley e o domínio na Superterça não foram as únicas notícias que impulsionaram a campanha de Trump. Na última segunda-feira, os juízes da Suprema Corte decidiram, de forma unânime, que ele está autorizado a concorrer à Presidência dos EUA.

Os magistrados julgavam um recurso da defesa de Trump a uma decisão prévia da Justiça do estado do Colorado, que havia proibido o ex-presidente de concorrer no estado, com o argumento de que ele apoiou uma insurreição – a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021. (Com agências internacionais)


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