O subprocurador Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público Federal junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pedirá a suspensão do salário do deputado federal João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), preso neste domingo (24) sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. O crime também provocou a morte de Anderson Gomes, então motorista da vereadora carioca.
Um ofício também será enviado ao presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Rodrigo Nascimento, com pedido de abertura de procedimento administrativo e afastamento cautelar de Domingos Brazão, conselheiro do órgão. O afastamento cautelar pode resultar em aposentadoria compulsória, um prêmio para quem é acusado de ser mandante de homicídio.
Os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram presos após terem os nomes citados na delação do ex-policial Ronnie Lessa, executor dos assassinatos.
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Lessa disse aos investigadores, no âmbito do acordo de colaboração premiada, que os mandantes foram os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, cabendo ao delegado Rivaldo Barbosa o planejamento do crime.
O ex-policial Ronnie Lessa tomou a decisão de colaborar com as investigações após seu comparsa no crime, Élcio de Queiroz, que também está preso, assinar acordo de colaboração premiada. Élcio dirigiu o carro usado no crime. Lessa revelou à PF outros crimes cometidos no Rio de Janeiro a pedido de autoridades.
De acordo com Lessa, o delegado Rivaldo Barbosa, que assumiu o comando da Polícia Civil um dia antes do crime, garantiu aos irmãos Brazão que as investigações sobre o crime não prosperariam.
Vale destacar que Rivaldo Barbosa foi indicado e nomeado para o comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro pelo então interventor na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, militar que participou do fracassado golpe de Estado liderado por Jair Bolsonaro.
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