União Brasil expulsa Chiquinho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes da morte de Marielle

 
O União Brasil decidiu na noite deste domingo (24) expulsar o deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), acusado pela Polícia Federal de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 14 de março de 2018. A decisão foi tomada pela Comissão Executiva Nacional do partido.

Inicialmente, a legenda informou que o novo presidente da sigla, Antônio de Rueda, solicitara à Comissão Executiva Nacional a abertura de processo disciplinar para expulsar o parlamentar.

De acordo com o União Brasil, o estatuto do partido prevê a aplicação da sanção de expulsão com cancelamento de filiação partidária de forma cautelar em casos de gravidade e urgência. A representação foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (PB).

“Embora filiado ao União Brasil, o Deputado Federal Chiquinho Brazão já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar”, informou o partido em nota.

A decisão da Executiva Nacional da legenda aponta que Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias; e violência política contra a mulher.

“O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson”, destacou o União Brasil.

. Clique e confira o relatório da Polícia Federal
. Clique e confira a decisão do ministro Alexandre de Moraes
. Clique e confira o parecer da Procuradoria Geral da República

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Operação Murder Inc.

A Polícia Federal (PF) prendeu, neste domingo (24), três suspeitos de ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco em março de 2018, no Rio de Janeiro. Os detidos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense.

Os mandados de prisão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrem no âmbito da Operação Murder Inc., que apura os assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, que estava no carro no momento do crime.

Outro alvo de busca e apreensão é Erica de Andrade Almeida Araújo, mulher de Rivaldo Barbosa, que teve os bens bloqueados e a suspensão da atividade comercial de sua empresa – segundo a PF, ela lavava dinheiro para o marido.

A ação da PF foi realizada em conjunto com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público do Rio de Janeiro, com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do RJ e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.


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