Como sempre afirma o UCHO.INFO, a atividade política no Brasil não cede espaço para a coerência. Além disso, a política nacional é acompanhada por impressionante avalanche de mitomania. É assustador o volume de mentiras.
Enfrentando desanimadores índices de aprovação popular, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mais uma explicação a dar à opinião pública.
Durante jantar oferecido pelo presidente da China, Xi Jinping, à comitiva brasileira, um momento de constrangimento marcou o encontro. A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, pediu ao líder chinês para intervir na rede social TikTok por conta de crimes sexuais cometidos contra mulheres, crianças e adolescentes.
Algum integrante do grupo que participou do jantar vazou para a imprensa detalhes sobre a fala de Janja e o desconforto do presidente chinês.
Lula, por sua vez, ficou irritado com o vazamento da informação e disse aos jornalistas que coube a ele questionar Xi Jinping sobre o assunto. O presidente brasileiro afirmou à imprensa que o fato de Janja ter se pronunciado mostra que ela não é uma “mulher de segunda classe”.
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Gostem ou não Lula e Janja, ocorreu quebra de protocolo, algo levado a sério pelo governo totalitarista chinês, como destacamos em matéria anterior.
Na viagem de volta ao Brasil, Lula demonstrou aos membros da comitiva seu descontentamento com o episódio, assunto que continua fervilhando no Palácio do Planalto.
Como informamos em matéria publicada na edição de segunda-feira (19), a primeira-dama está disposta a levar adiante a polêmica sobre a quebra do protocolo diante de Xi Jinping.
Em evento no Tribunal de Contas (TCU), Janja disse que nenhum protocolo será capaz de calar a sua voz contra crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. Em outras palavras, Janja interpelou o presidente chinês.
Enfatizamos na matéria que o assunto é de extrema gravidade e deve ser combatido com firmeza, mas há meios oficiais para que isso prospere. Ademais, Janja não integra oficialmente o governo e o cargo de primeira-dama não lhe dá direito de interpelar chefes de Estado.
A questão que se coloca é que o discurso da primeira-dama no TCU colocou por terra a fala do presidente Lula, que aos jornalistas disse que coube a ele questionar o líder chinês.
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