Crise de relacionamento piora e WTorre rompe contrato com gestora do Allianz Parque

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Responsável pelas obras do Allianz Parque, a construtora WTorre rompeu o contrato com a AEG, corresponsável pela gestão do estádio do Alviverde paulistano. A construtora confirmou o rompimento de uma parceria prevista para durar dez anos, mas não quis comentar o assunto.

O motivo principal foi a crise de relacionamento entre as partes, assunto que não é novidade nos bastidores do futebol. A empresa de gestão cobrou recentemente a WTorre por falta de repasses e não obteve resposta. Na última semana, a AEG informou por meio de comunicado que os trabalhos estariam suspensos e, na última segunda-feira (15), não enviou o funcionário responsável ao estádio. Logo em seguida, a WTorre enviou o distrato para ser assinado. As empresas devem se manifestar em breve.

A AEG, conhecida por ser a maior gestora de estádios do planeta, chegou ao Brasil com o objetivo de dar “know-how” aos brasileiros, uma vez que administrar uma arena multiuso era novidade no país. Entretanto, a WTorre afirma que o trabalho não estava sendo cumprido de acordo com as expectativas.


A relação entre as partes já estava insustentável. Inclusive, a gestora havia cobrado uma dívida que, em janeiro, estava em R$ 4 milhões, já que não recebia desde julho de 2015. À época, a WTorre criticou a AEG publicamente em nota oficial.

A gota d’água na relação foi a ida do show do Rolling Stones para o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Como tem contrato com a AEG fora do país, a WTorre esperava receber a banda em sua arena na turnê pela América do Sul. Contudo, a gestora alega que perdeu espaço por causa da capacidade do evento, que tem 22 mil ingressos a mais na casa são-paulina, além de preços mais atrativos. Além disso, a promoção do evento no país foi feita em parceria com outras empresas.

Para o Palmeiras, o primeiro impacto será a diminuição de receita proveniente de shows. Como tinha contrato com diversas atrações internacionais, a AEG conseguia colocar os eventos diretamente no Allianz Parque quando os mesmos passavam pelo Brasil. Isso significa que sempre haveria uma porcentagem da receita indo para os cofres alviverdes.

No entanto, executivos da WTorre não mostram preocupação com isso e afirmam que a gestora já não fazia tanta diferença nas negociações. A construtora, inclusive, havia criado uma empresa que faz o mesmo tipo de serviço e “concorria” com a própria AEG para fechar shows. O plano inicial da construtora é que ela mesma assuma a gestão e não planeja anunciar uma substituta.

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