Um dos mais importantes estados da federação, o Paraná deveria estar melhor representado no Senado Federal. Não bastassem os devaneios recorrentes do brutamonte Roberto Requião (PMDB), os paranaenses envergonham-se cada vez mais com a atuação da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT).
Gleisi, que afunda no mar de lama do Petrolão, tem dividido seu tempo entre cuidar da própria defesa, o que faz com desculpas esdrúxulas, e tentar impedir o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, sempre com alegações estapafúrdias e que só pioram a situação.
Depois de a presidente da República ter apelado de forma covarde ao MERCOSUL, bloco pífio que deveria se alinhar por questões econômicas, mas o faz com base em temas ideológicos, Gleisi ocupou a tribuna do Senado na tarde desta segunda-feira (25) para fazer comparações absurdas com o objetivo de justificar as pedaladas fiscais.
A parlamentar paranaense, que foi chamada pelo também senador Delcídio Amaral de “rainha do pixuleco”, usou como exemplo atraso no pagamento do aluguel e da conta de luz para explicar as “pedaladas fiscais”, dando a entender que esse tipo de situação não configura “operação de crédito camuflada”. Acontece que, para o azar de Dilma e Gleisi, no País ainda existem leis que proíbem esse tipo de conduta criminosa.
Que Gleisi Helena é uma ode à incompetência todos sabem, mas insistir no besteirol apenas para justificar o injustificável é desdenhar a capacidade de raciocínio dos brasileiros. Goste ou não a senadora petista, a “companheira” Dilma cometeu crime de responsabilidade ao editar decretos de suplementação orçamentária sem a devida autorização do Legislativo federal. Isso é crime e deve ser punido com a dureza da lei, sem privilégio a qualquer um.
Os petistas, agora mais insanos por causa do impeachment, enchem os pulmões para falar de golpe e defesa da democracia, mas o que os “camaradas” querem é atropelar o Estado Democrático de Direito e agir à margem da lei, como se o Brasil fosse propriedade da legenda que já foi classificada como organização criminosa.
A atuação de Gleisi na defesa da presidente da República é tão pífia e insossa, que a situação de Dilma piora a cada uma das incursões desesperadas da senadora do Paraná. É sabido que o Palácio do Planalto despacha ordens para os ainda aliados no Congresso Nacional, mas é preciso saber escolher os interlocutores, pois do contrário o calvário da chefe do governo há de piorar sobremaneira com o passar dos dias.
Em vez de tentar salvar Dilma Rousseff de um quase irreversível processo de impeachment, Gleisi deveria dedicar seu tempo a explicar aos brasileiros a sua absurda decisão que levou um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão ao cargo de assessor especial na Casa Civil. Eduardo Gaievski, íntimo da senadora petista, está preso por estupro de meninas menores de idade – algumas vulneráveis (menores de 14 anos), mas conseguiu a proeza de trabalhar a poucos metros do gabinete da principal autoridade do País.
