Procon de São Paulo notifica OLX, Zap e MercadoLivre por golpes via WhatsApp

O Procon de São Paulo notificou, na quarta-feira (19), as empresas WhatsApp Inc., OLX Atividades de Internet, Zap Internet e MercadoLivre Atividades de Internet para que informem quais providências têm adotado para garantir a segurança dos consumidores e usuários.

A notificação foi motivada, de acordo com o órgão, pelos registros de golpes aplicados a partir de anúncios de venda de produtos e serviços na rede mundial de computadores a partir das plataformas de cada uma das empresas mencionadas.

Foi solicitado também que as empresas informem como os consumidores têm sido alertados sobre o golpe e se existe uma campanha de esclarecimento sobre os serviços ofertados. As empresas têm 72 horas para responderem ao Procon-SP.

A OLX informou que até o momento não foi notificada pelo Procon-SP. A empresa reforça que não solicita código de verificação ou senhas fora do site para nenhum usuário e recomenda sempre que as negociações aconteçam via chat, na plataforma. A empresa destaca também que investe continuamente em tecnologia e na comunicação de melhores práticas de compra e venda, com alertas durante a jornada do consumidor na plataforma e informações em seus canais oficiais e redes sociais.

O Grupo ZAP informa que também não recebeu a notificação do Procon. Em nota, a empresa afirma que vem monitorando os casos e “está atuando de forma ágil para combater esta prática ilegal”. “Estamos sempre muito perto de nossos clientes e mantemos farta comunicação por todos os nossos canais de atendimento a fim de esclarecer os fatos e fornecer as ferramentas necessárias para que não se tornem vítimas”, destaca a nota.

 
Sobre o golpe

De acordo com o Procon-SP, os golpistas monitoram sites de vendas e entram em contato com um vendedor, eventual alvo em potencial, enviando mensagem por SMS. Os golpistas afirmam que a mensagem enviada trata-se de um código que deverá ser digitado pelo WhatsApp para que o vendedor “regularize” seu anúncio na internet. Na verdade, o código é um PIN de autenticação do WhatsApp que, de posse do golpista, possibilita que a conta do aplicativo seja clonada.

O objetivo dos golpistas é roubar a conta do WhatsApp para usá-la em outro aparelho. Com o domínio da conta, os golpistas passam a se comunicar com os contatos cadastrados na agenda do telefone, na maioria das vezes solicitando valores em dinheiro.

Uma das alternativas para evitar a clonagem da conta de WhatsApp é adotar a dupla autenticação, disponível no próprio aplicativo. O usuário cria uma senha, que será solicitada caso a conta seja acessada a partir de outro dispositivo. (Com ABr)