Crime contra a humanidade – Quando Mohammed Morsi foi ejetado da presidência do Egito, o que abriu caminho para o retorno da ditadura militar, o ucho.info destacou que a derrocada da Irmandade Muçulmana refletiria quase que imediatamente na guerra civil que toma conta da Síria.
Sob o comando do ditador Bashar al-Assad, o governo sírio, que nos últimos dois anos vinha sofrendo ataques de opositores fortemente armados, encontrou a oportunidade para virar o jogo e atropelar a Irmandade Muçulmana, um dos pilares da resistência oposicionista. A Irmandade Muçulmana é financiada pelo governo do Qatar, que mantém a polêmica e quase incendiária TV Al Jazeera.
Com a proibição da Irmandade Muçulmana no Egito, o governo de Bashar al-Assad, sentindo-se ameaçado com a possibilidade de os egípcios engrossarem as forças rebeldes, apelou para a insanidade e usou armas químicas para conter os opositores. A ação criminosa do ditador sírio produziu mais de 1,5 mil mortos e deve ser condenada com veemência por todas as nações do planeta, pois trata-se de genocídio.
As ogivas químicas usadas por Assad, em número de cem, dispersam um gás letal que produz fina e brilhante nuvem na cor azul, que provoca a morte por inchaço das mucosas e colapso do sistema respiratório, além de produzir dezenas de feridas simultaneamente. Inspetores internacionais chegaram à Síria para investigar o uso de armas químicas pelo ditador Bashar al-Assad, mas o trabalho pode ser inviabilizado pelo próprio governo sírio, que usa gás Sarin para neutralizar os inimigos.
O que está em jogo?
A questão na Síria suplantou as fronteiras do país e vai além da tentativa de Bashar al-Assad permanecer no comando do país árabe. Desde o início do conflito entre o governo e os rebeldes, a razão maior do conflito concentra-se na disputa pelo poder na região. De um lado estão a Rússia e o Irã, que apoiam incondicionalmente o governo de Assad contra os Estados Unidos, que desejam ver o ditador longe de Damasco.
Vale lembrar que os governos de Moscou e Teerã têm suprido o governo de Bashar al-Assad com equipamentos bélicos, inclusive com foguetes usados para o lançamento das ogivas químicas, cuja letalidade dura poucos minutos e quase não deixa vestígios.