Crise derruba intenção de consumo das famílias brasileiras, mas governo insiste no consumismo

consumo_24Sinal vermelho – A economia segue cambaleante na direção do despenhadeiro, mas o ainda ministro da Fazenda, Guido Mantega, se preocupa com assuntos que sequer assustam a crise que chacoalha o País. Enquanto Mantega, nesta segunda-feira (16), Mantega anunciava a disposição do governo de incentivar o lançamento de ações de empresas pequenas e médias na Bolsa de Valores, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgava os resultados do mais recente levantamento sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF).

De acordo com a entidade, o ICF registrou recuo de 1,6% em junho (120,4 pontos), na comparação com maio. Na comparação com junho de 2013, o recuo do índice foi de 7,4%. Esta é a segunda vez seguida que o ICF atinge o menor nível da série histórica.

“A inflação em alta e a elevação dos juros causam maior aperto no orçamento doméstico e enfraquecem as perspectivas de consumo”, avalia a CNC, em nota. “O cenário de cautela causado pelas inseguranças até o final do ano e o elevado nível de endividamento combinado com a taxa básica de juros elevada vêm desaquecendo o consumo. Na base de comparação anual, o último resultado positivo foi em dezembro de 2012”, acrescentou.

Na passagem de maio para junho, pioraram as percepções das famílias brasileiras em relação ao emprego atual, à perspectiva profissional, à renda atual, à perspectiva de consumo e ao momento para compra de bens duráveis. No contraponto, a visão dos consumidores melhorou em relação a compras a prazo e ao nível de demanda atual.

Analisado por faixa de renda, o nível de confiança das famílias que ganham até dez salários mínimos mostrou queda de 1,6%, na comparação de junho ante maio. As famílias com renda acima de dez salários mínimos também apresentaram retração, de 1% na mesma base de comparação. Por regiões, a retração do índice nacional entre maio e junho foi puxada principalmente pelas capitais do Centro-Oeste (-3,9%), Sul (-3,5%) e Nordeste (-2%).

A CNC prevê crescimento de 4,7% nas vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) em 2014, taxa revisada para baixo após os resultados do comércio no mês de abril. Anteriormente, a projeção apontava avanço de 4,9%.

A insistência do governo petista de Dilma Rousseff em apostar as fichas no consumo interno para eventualmente estancar a crise econômica mostra a incompetência e o despreparo dos palacianos. Desde a crise internacional de 2008, que o lobista Lula classificou, de forma galhofeira, como “marolinha”, o governo do PT insiste no consumo como antídoto para os graves problemas econômicos do País.

Qualquer estudante de Economia que ingressou recentemente na faculdade sabe que esse tipo de aposta é um tiro no pé. Como disse certa feita um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”. Enfim…

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