Cortina de fumaça – Na terça-feira (7), o Partido dos Trabalhadores levou ao ar um comercial que faz parte da contraofensiva para tentar estancar o desgaste da imagem da legenda, acentuada após as revelações do esquema de corrupção na Petrobras, o Petrolão, e o pífio desempenho da presidente Dilma Rousseff no início do segundo mandato.
Nenhum dos líderes petistas aparece no vídeo. Por cautela, dirigentes nacionais do PT decidiram excluir o ex-presidente Luiz Inácio da Silva e a presidente Dilma Rousseff da propaganda partidária no rádio e na televisão.
Vale lembrar que o escândalo do Mensalão do PT aconteceu no governo Lula, ao passo que as denúncias da Operação Lava-Jato estão levando para o buraco a imagem do governo Dilma.
As últimas duas pesquisas realizadas pelo IBOPE apontam que Dilma Rousseff tem reprovação superior a 64%. Apenas 12% dos brasileiros entrevistados definem o governo federal como “ótimo” ou “bom”. A rejeição à gestão petista é explicada pelas denúncias de corrupção na Petrobras e pelas medidas que atingem benefícios dos trabalhadores nas áreas previdenciária (pensão por morte) e trabalhista (seguro desemprego e seguro defeso).
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A propaganda, lançada como uma campanha “contra o ódio ao PT”, mostra uma frase “colocamos mais gente importante na cadeia por corrupção do que nos outros governos”, acompanhada de uma cela sendo fechada com cadeado.
As inserções nacionais, de 30 segundos ou 1 minuto, mostrarão pessoas comuns defendendo bandeiras históricas da sigla.
Os marqueteiros petistas tentaram atribuir ao governo federal um feito do Judiciário, porém, propositadamente, esqueceram de mencionar, que parte dos políticos “importantes” que foi parar atrás das grades nos últimos anos era da cúpula do PT. Os mesmos foram encarcerados após o julgamento do Mensalão do PT.
Ainda omitiram o fato de que companheiros, a exemplo do tesoureiro João Vaccari Neto, estão na mira da Polícia Federal. A outra parte, empresários, publicitários e banqueiros, no caso do Mensalão do PT, e empreiteiros, no caso do Petrolão, foi presa por envolvimento em escândalos que beneficiaram o PT. (Por Danielle Cabral Távora)
