O treinador Adenor Leonardo Bachi, o Tite, afirmou que o aspecto psicológico do elenco está desgastado por conta da sequência de jogos importantes. Os jogadores admitem que a disputa da primeira fase da Libertadores, contra o Once Caldas-COL, e o trauma passado pelo Tolima-COL em 2011, elevaram o nível de estresse do Corinthians em quantidade desproporcional desde janeiro. De acordo com o treinador, nas últimas semanas o preço disso começou a ser cobrado e, depois da eliminação para o Palmeiras, esse desgaste veio à tona.
Desde a goleada sobre o Danubio-URU, no começo de abril, que o Corinthians não conseguiu mais convencer por completo. Do total de seis jogos, venceu apenas a Ponte Preta, com erro de arbitragem, empatou com XV de Piracicaba, Santos, San Lorenzo-ARG e Palmeiras, sendo eliminado nos pênaltis. Já contra o São Paulo, perdeu invencibilidade de 24 jogos oficiais.
Para o próximo jogo com o Guarani-PAR, ainda sem data definida, o treinador tem problemas a contornar. Tite não poderá contar com Emerson Sheik e seu reserva imediato, Stiven Mendoza, ambos expulsos na fatídica partida contra o São Paulo. As outras opções ofensivas, Malcom e Luciano, não atuaram na Libertadores ou em clássicos de 2015, sendo que na maioria dos jogos sequer foram relacionados.
E as preocupações não param por ai. No comando do ataque, Vagner Love não agradou nos quatro jogos em que Guerrero ficou de fora por causa da dengue. O peruano volta aos treinos nesta quinta-feira (23), porém a comissão técnica trata este retorno com muita cautela. Assim, o Corinthians pedirá à Conmebol que os duelos com o Guarani se iniciem apenas na semana seguinte. É importante ressaltar que nos últimos tempos o clube não tem tido sucesso em reivindicações à entidade.
O mais provável é que Tite vá ao Paraguai sem Mendoza, Emerson Sheik e Guerrero, aumentando a cobrança interna e principalmente externa sobre o treinador. (Por Danielle Cabral Távora)
