Polícia realiza buscas no Copacabana Palace para prender chefe da quadrilha de cambistas da Copa

copa_2014_18Sol quadrado – Endereço de endinheirados e famosos, além de ser durante décadas a fio o único palco verde-louro do glamour, o elegante hotel Copacabana Palace tornou-se cenário de um caso policial. Isso porque a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta segunda-feira (7) mais um capítulo da Operação Jules Rimet, que visa desmantelar o grupo criminoso que vinha atuando à sombra da FIFA e vendendo ingressos para jogos da Copa do Mundo.

A incursão dos policiais no Copacabana Palace tem por objetivo prender Ray Whelan, suspeito de ser o chefe da quadrilha internacional de cambistas, que, de acordo com as investigações, vinha lucrando aproximadamente R$ 1 milhão por partida. A expectativa é que até o final da competição o faturaria mais de R$ 100 milhões.

A polícia inicialmente não revelou o nome do alvo da operação no luxuoso endereço carioca, mas Whelan é diretor da Match, empresa controlada pela Infront, companhia que tem como acionista Phillip Blatter, sobrinho do presidente da FIFA, Joseph Blatter. A Match é a única autorizada a comercializar os ingressos da Copa.

Na manhã desta terça-feira, a FIFA informou que forneceu às autoridades uma lista com os nomes de todas as pessoas hospedadas no Copacabana Palace que fazem parte da entidade ou que a ela prestam serviços durante o evento futebolístico.

De acordo com a FIFA, todos os culpados serão punidos, mas não é essa a realidade nos bastidores da confusão. A entidade máxima do futebol planetário já havia descartado a possibilidade de punir o argentino Humberto Mario Grondona, filho do vice-presidente da entidade, Julio Grondona, que admitiu ter vendido a amigos ingressos adquiridos para Copa.

Até agora a Polícia Civil fluminense prendeu onze suspeitos de participação no esquema criminoso e descobriu, ao longo dos depoimentos, que ex-jogadores, personalidades do futebol e integrantes da CBF podem estar envolvidos. Segundo os policiais, seleções que participam da competição estariam fornecendo ingressos aos cambistas, inclusive a seleção brasileira, cujo fornecedor estaria na Granja Comary, em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro.

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