Bombeiro de ocasião –
“O Sarney tem no Brasil história suficiente pra não ser tratado como uma pessoa comum”. Assim o presidente Lula da Silva, antes de deixar o Cazaquistão, comentou a polêmica provocada pelos malfadados atos secretos, que varrem o Senado e serviram, entre tantas coisas, para empregar ilegalmente parentes do senador José Sarney (PMDB-AP). Considerando que até segunda ordem a Constituição Federal ainda está em vigência, José Sarney é, sim, uma pessoa comum. Até porque, a Carta Magna é clara ao determinar que “todos são iguais perante a lei, sem distinções de qualquer natureza”. E como uma pessoa comum, Sarney deve responder por seus atos. Mas o enxerimento de Lula da Silva tem uma razão. Como o PMDB, partido de José Sarney, é o fiel da balança governista no Congresso Nacional, o presidente-metalúrgico quer evitar que o rolo compressor palaciano empaque nos corredores do parlamento nacional.
