Muito estranho – Longe da cena política desde que deixou o governo do messiânico Luiz Inácio da Silva, quando comandou a Secretaria de Assuntos Estratégicos, popularmente conhecida como “Sealopra”, o economista Roberto Mangabeira Unger é o mais novo contratado do governo de Rondônia. Procurado pelo governador Confúcio Moura (PMDB), Mangabeira Unger não terá o valor do seu contrato revelado, o que é uma aberração, pois seus honorários serão pagos com dinheiro público, o que exige transparência.
A partir de março próximo e até dezembro de 2014, de acordo com o contrato, Mangabeira dará expediente em Rondônia durante uma semana a cada mês. O objetivo de sua contratação é dar ao estado da Região Norte brasileira um plano de desenvolvimento.
Enquanto esteve ministro do presidente Lula, o economista travou uma queda de braços com a senadora Marina Silva (PV-AC), então titular da pasta do Meio Ambiente. O auge do embate foi a transferência do Plano Amazônia Sustentável (PAS), anteriormente no Meio Ambiente, para a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Foi a forma que Lula da Silva encontrou para flexibilizar a implantação de usinas hidrelétrica na região e transformar os posseiros daquela porção territorial do País em donos das terras ilegalmente ocupadas.
A população de Rondônia deve estar atenta ao trabalho do novo contratado, pois o Estado é rico em minérios e isso pode explicar o desembarque do economista na distante paragem brasileira. Foi na gestão de Mangabeira Unger à frente da Secretaria de Assuntos Estratégicos que o banqueiro oportunista – a Justiça continua nos impedindo de citar seu nome – desertou seu interesse por fazendas no Pará, anunciadas como sendo para a agropecuária, mas com o subsolo absolutamente repleto de minerais cobiçados. Parodiando o sempre folclórico senador Mão Santa (PSC-PI), “atentai bem, ó Rondônia”.
