Um pouco do mesmo – Ministra de Comunicação Social, a jornalista Helena Chagas divulgou na tarde desta quinta-feira (10), no Palácio do Planalto, a logomarca do governo de Dilma Vana Rousseff, que traz o slogan “País rico é país sem pobreza”.
Criada pelo marqueteiro João Santana, em conjunto com o diretor de arte Marcelo Kértz, a logomarca do governo da sucessora de Luiz Inácio da Silva traduz uma das principais bandeiras da campanha presidencial de Dilma Rousseff: a erradicação da miséria e a redução da pobreza.
De acordo com assessores palacianos, a “marca é uma “evolução” do slogan do governo Lula (“Brasil, um país de todos”) e evidencia a ideia que Dilma tentou imprimir durante a campanha, “continuidade com mudança”.
Ainda de acordo com a assessoria presidencial, a marca, diferentemente da adotada pelo governo Lula, que tinha várias cores, é basicamente verde e amarela como forma de evidenciar “a identidade do povo brasileiro”.
Há na decisão do governo da presidente Dilma Rousseff de adotar o tal slogan alguns detalhes da história recente que não combinam com a proposta. Se parte da miséria reinante no País foi extinta, isso só aconteceu porque criou-se um obediente e vasto curral eleitoral. Assunto que alguns petistas aditem com facilidade nos bastidores. A tese da redução da pobreza ganhou força na campanha da então candidata do PT porque alardeava-se que milhões de brasileiros ingressaram na classe média. Acontece que esse quadro só foi possível a partir do endividamento absurdo da população, que hoje começa a enfrentar o fantasma da inadimplência.
De igual modo é impossível falar em erradicação da pobreza quando a presidente concede um aumento do salário mínimo insuficiente para cobrir as perdas geradas pela inflação, que, diga-se de passagem, já deixa muitos brasileiros sem dormir. Especialmente porque bem distante dos números oficiais, os preços dos alimentos dispararam de maneira absurda. Em outras palavras, a redução da pobreza deve parar no slogan oficial.
