Valderrama, melhor jogador da Colômbia, aponta Argentina como favorita da Copa América

Correr e correr – Com passes milimétricos e talento de sobra, o colombiano Carlos Valderrama escreveu o seu nome nas melhores páginas da história do futebol mundial. Sob o seu comando em campo, a Colômbia disputou a Copa do Mundo da FIFA pelas duas últimas vezes na década de 1990 e aprendeu a enfrentar de igual para igual as melhores seleções do planeta.

O Pibe, considerado por muitos o melhor jogador colombiano de todos os tempos, ficará para sempre na memória dos torcedores com os cabelos loiros ao vento, o número 10 nas costas, a braçadeira de capitão e um jeito de caminhar um tanto “chaplinesco”.

Dono de um currículo com mais de 110 partidas pela seleção do seu país, Valderrama recebeu o “Fifa.com” para analisar diferentes aspectos do futebol moderno: a sua preferência pelos armadores, a situação atual do selecionado cafetero e os principais candidatos ao título da Copa América em 2011. Com toques curtos e precisos, fiel ao seu estilo.

Já não existem mais armadores no futebol moderno?

Acho que existem, mas não ganham oportunidades. Mudou a tática: agora é 4-4-2. É só correr, correr, se atirar e se atirar. Se alguém sabe jogar, parar o jogo, anotar gols e fazer a diferença, mas não é de se atirar nem de lutar, é sacado do time. Essa é diferença. Armadores sempre

Quem é o favorito a ficar com o título?

A Argentina! Joga em casa, tem bom futebol e conta com grandes jogadores. Acho que saberá aproveitar a vantagem de jogar em casa e diante do seu público, que sempre se faz presente.

Você jogou cinco vezes a Copa América. A primeira delas, curiosamente, foi na Argentina. Alguma delas marcou mais?

Não, não… Eu me recordo de todas igualmente. Quando a gente se aposenta, dá mais valor às coisas. Quando eu estava dentro, ia lá, jogava e tudo acontecia muito rápido. Mas agora vejo as partidas pela TV e as saboreio da melhor maneira. Sempre me recordo dos grandes momentos que tivemos com a seleção.

Para concluir, Pibe, nunca o veremos como treinador?

Não, não. Estou em outro caminho. Não gosto de muitas coisas da vida de técnico, como as concentrações e os erros de outras pessoas que podem recair sobre o trabalho do próprio treinador. E a isso se soma o fato de que sempre encaro tudo de frente, sempre falo o que penso. Na minha carreira esportiva já fiz a coisa de que mais gosto nesta vida: jogar futebol.