Governador de SP, o tucano Geraldo Alckmin continua levando um baile da ousadia dos criminosos

(Foto: Revista Placar)
Tiro no pé – Em seu artigo 6º, a Constituição Federal brasileira considera como direito social a segurança, entre outros temas. Acontece que na prática esse capítulo da Carta Magna não passa de mera utopia, pois o Estado, como um todo, não consegue prover ao cidadão o acesso àquilo que, em tese, é uma garantia individual.

Como sempre acontece em períodos eleitorais, a segurança pública recheia os discursos dos candidatos, independentemente das correntes ideológicas a que pertencem. Diferentemente das ufanistas promessas de palanque, a segurança pública transformou em uma espécie de “calcanhar de Aquiles” para muitos governantes. É o caso do tucano Geraldo Alckmin, governador da mais rica e importante unidade da federação, São Paulo.

Eleito para governar os destinos dos paulistas até o final de dezembro de 2014, Alckmin continua perdendo a guerra para os criminosos. Há dias, o governador paulista, ao comentar os números da criminalidade no Estado, disse que o combate aos marginais continua firme, mas que é preciso que o cidadão compreenda que os criminosos mudam de tática e de alvo. Resumindo, Geraldo Alckmin sabe que está em desvantagem, mas não assume publicamente.

Nos últimos meses duas modalidades de crime passaram a aterrorizar os paulistas. Os assaltos a caixas eletrônicos tornaram-se mais frequentes, com direito a explosões que colocam em risco os locais da ação dos criminosos. Outro tipo de crime que preocupa é o chamado “arrastão” praticado em restaurantes das regiões Sul e Oeste da cidade de São Paulo. Na noite de domingo (21), quatro criminosos invadiram um restaurante no bairro da Lapa, Zona Oeste da cidade, levando dinheiro e objetos de valor dos clientes e do estabelecimento. Foi a segunda vez que o tal restaurante foi alvo de um arrastão em apenas quatro meses.

Para piorar ainda mais a situação da segurança pública, oito casas são assaltadas por dia na capital dos paulistas. Fora isso, assaltos são comuns nos semáforos. Em Heliópolis, bairro da Zona Sul que faz divisa com a cidade de São Caetano do Sul, menores armados assaltam os motoristas que caem no congestionamento na Avenida Almirante Delamare, que beira uma das mais violentas favelas da cidade. A operação dos criminosos acontece diariamente e a pouco mais de cem metros de um distrito policial.

Geraldo Alckmin pode até estar correto ao afirmar que os criminosos são mutantes, mas o governo precisa mudar a tática de combate ao crime na mesma velocidade que o fazem aqueles que o praticam. Do contrário, os paulistanos passarão a ser prisioneiros da incompetência cada vez maior do Estado.