Acordo derruba projeto de Gabriel Chalita de presidir o PNE, cargo que ficará com deputado capixaba

Política na educação – Logo mais à tarde, a Comissão Especial do Plano Nacional de Educação da Câmara dos Deputados elege um novo presidente. O cargo ficou vago com a licença do deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), que há três semanas comanda o Ministério do Turismo. Até a semana passada dois candidatos peemedebistas disputavam o cargo, mas por um acordo dentro da bancada será ratificado na votação desta terça-feira (27) a indicação do deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES).

O parlamentar capixaba tinha como concorrente o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), que já foi cotado para assumir o Ministério da Educação no lugar de Fernando Haddad (PT). Os dois são pré-candidatos à prefeitura de São Paulo. Chalita é o nome defendido pelo vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) e Haddad é um projeto do ex-presidente Lula da Silva (PT), dois partidos que pretende andar juntos na maioria das eleições municipais do próximo ano.

Gabriel Chalita foi “convencido” a desistir da candidatura da presidência do PNE para evitar problemas com o petismo de Lula da Silva. O cargo lhe daria grande exposição nos veículos de comunicação e isso poderia ser entendido pelos aliados do PMDB como uma ajuda em sua campanha à prefeitura paulistana. De forma indireta seria um concorrente ou poderia ofuscar a imagem de Haddad, que tem seus próprios projetos para o Plano Nacional de Educação.

O governo já avisou que não quer mudanças no projeto. Portanto, a idéia é manter todas as idéias e propostas que vieram do Ministério da educação. O Plano Nacional de Educação (PNE) deverá vigorar de 2011 a 2020 e foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010.

O novo PNE apresenta dez diretrizes objetivas e 20 metas, seguidas das estratégias específicas de concretização. O texto prevê formas de a sociedade monitorar e cobrar cada uma das conquistas previstas, segundo o próprio site do MEC.