Sobra simpatia, mas falta organização dos mexicanos nos detalhes dos Jogos Pan-Americanos

Fila e comida – A cerimônia de abertura e as primeiras disputas dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara mostraram a grande disposição dos mexicanos em realizar uma bonita competição. Mas as dificuldades enfrentadas pelos atletas por falta de organização nas instalações esportivas, na Vila Pan-Americana e até para o mais fundamental dos detalhes, a alimentação, são relatadas constantemente, informou hoje (19) a “Agência Estado”.

O Pan chega nesta quarta-feira a seu quinto dia, mas sobram desagrados. Novamente na natação, Cesar Cielo reclamou da temperatura da água da piscina de aquecimento. “Estava tão gelada que minha mãos ficaram dormentes.” O mesmo problema foi relatado por Yane Marques, que ganhou a primeira medalha do País no Pan – a prata do pentatlo moderno. “A água estava muito fria.” Ela também relatou problemas na pista de corrida e nos placares da disputa de esgrima.

Na noite de segunda-feira, a bagunça ficou explicitada na prova dos 200 m borboleta, da natação, em que Leonardo de Deus ganhou, perdeu, e depois ganhou novamente a medalha de ouro. O brasileiro comemorava a conquista quando os árbitros se reuniram e decidiram por sua desclassificação.

A touca que Leonardo usava estampava a marca de um patrocinador da Federação Internacional de Natação (Fina) – e não de um apoiador do Pan – e, teoricamente, não poderia ser utilizada. E aí começou a confusão.

O basquete feminino, que chegou a Guadalajara no domingo, ainda não sabe quando conhecerá seu local de competição. O atraso nas instalações também atinge o ginásio da modalidade, que começa a ser disputada na sexta-feira.

As filas para a entrada no refeitório também foram relatadas. “A gente precisa ficar uns 40 minutos esperando para conseguir almoçar ou jantar”, disse a nadadora Tatiana Lemos, integrante do revezamento 4 x 100 metros.