Pagamento de benefícios da Previdência aumenta, mas arrecadação bate recorde

Conheça os números – A arrecadação da Previdência Social no setor urbano, no mês de setembro, foi de R$ 19,3 bilhões, 7,7% maior que no mesmo mês do ano passado. Se comparada a agosto, a arrecadação teve queda de 3,8%. A explicação está na arrecadação acima da média, em agosto, por causa das contratações temporárias ocorridas em julho, especialmente nos setores da indústria, comércio, turismo, lazer e entretenimento.

Em setembro de 2011, a Previdência Social pagou 28,828 milhões de benefícios, sendo 24,990 milhões previdenciários e acidentários, e os demais, assistenciais. Houve elevação de 3,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado. As aposentadorias somaram 15,996 milhões de benefícios, uma elevação de 3,4% em relação ao número de aposentados existentes em setembro do ano passado.

O valor médio dos benefícios pagos pela Previdência entre janeiro e setembro deste ano teve crescimento de 24,6% em relação ao mesmo período de 2004, e foi de R$ 818,72.

A despesa com pagamento de benefícios na clientela urbana foi de R$ 23,5 bilhões – 3,1% maior que em setembro de 2010. Se comparada ao mês passado, houve crescimento de 28,3% por causa da antecipação de metade do 13º salário dos benefícios previdenciários, que aumentou a despesa em R$ 7,0 bilhões. O valor leva em conta o pagamento de sentenças judiciais e a Compensação Previdenciária (Comprev) entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os regimes próprios de Previdência Social (RPPS) de estados e municípios.

Em consequência do aumento da despesa, o setor urbano apresentou necessidade de financiamento de R$ 4,2 bilhões, redução de 13,6% em relação a setembro de 2010.

No acumulado de janeiro a setembro, o setor urbano registra superávit de R$ 6,2 bilhões. A arrecadação soma R$ 168,7 bilhões – elevação de 9,3% frente ao mesmo período de 2010 – e a despesa, R$ 162,5 bilhões. Entre o acumulado deste ano e período correspondente de 2010, a arrecadação urbana cresceu 9,3%, 5,7 pontos percentuais a mais que a despesa com benefícios (3,6%). Esse crescimento também foi verificado no fechamento dos anos de 2007 e 2008.

Arrecadação sobe, mas pagamento no setor rural cai

A arrecadação líquida rural foi de R$ 484,0 milhões, aumento de 2% na comparação com o mês anterior e 9,5% em relação a setembro do ano passado, quando foram arrecadados R$ 441,9 milhões.

Se comparado a agosto, o pagamento de benefícios para o segmento rural teve queda de 8,7%. Foram gastos R$ 5,6 bilhões. Já em relação a setembro de 2010, houve crescimento de 3,6% nas despesas com pagamento de benefícios rurais.

A diferença entre arrecadação e despesa gerou necessidade de financiamento para o setor rural de R$ 5,1 bilhões – queda de 9,6% em relação ao mês passado e aumento de 3,1% em relação a setembro de 2010. Do valor da despesa, R$ 1,0 bilhão é referente ao pagamento da segunda parcela do 13º salário dos benefícios.

No resultado agregado (urbano e rural) acumulado de janeiro a setembro, foi registrada uma arrecadação líquida de R$ 172,7 bilhões, valor 9,2% superior, em termos reais, ao registrado no mesmo período do ano passado. A despesa com benefícios somou R$ 208 bilhões, gerando uma necessidade de financiamento de R$ 35,3 bilhões, valor 17,9% inferior, em termos reais, ao registrado no mesmo período do ano passado (R$ 43 bilhões).

A necessidade de financiamento acumulada nos 12 últimos meses (cerca de R$ 38,7 bilhões), em valores reais, é a menor desde outubro de 2003 (quando foi de R$ 37,4 bilhões). No acumulado de janeiro a setembro, em termos reais, o valor de 2011 (R$ 35,3 bilhões) é o menor desde 2005 (R$ 33,5 bilhões).

Em valores nominais, a arrecadação líquida acumulada de janeiro a setembro foi de R$ 170,1 bilhões e a despesa foi de R$ 205 bilhões, resultando em uma necessidade de financiamento de R$ 34,9 bilhões. As informações são da assessoria de imprensa da Previdência Social.