Ronaldo assume como embaixador do Comitê Organizador, mas comando continuará com o nefasto Ricardo Teixeira

Rainha da Inglaterra – Diferentemente do que noticiou a imprensa, inclusive o ucho.info, o ex-jogador Ronaldo Nazário de Lima não presidirá o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, cujo comando continuará com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Ou seja, o convite ao ex-atacante é para inglês ver.

Em cerimônia que acontece nesse instante no Rio de Janeiro, Ronaldo foi apresentado oficialmente como uma espécie de porta-estandarte, embaixador, do COL. Terceiro ex-jogador a assumir a função, Ronaldo repetirá o que fizeram Michel Platini e Franz Beckenbauer nas Copas da França e Alemanha, respectivamente.

Durante entrevista aos jornalistas, o ex-camisa 9 da seleção brasileira disse que não se desligará da sua empresa, a “9ine”, que se dedica a negócios do mundo esportivo, apesar de ter no rol de clientes algumas companhias que poderiam suscitar a discussão de conflito de interesses. Ronaldo disse que conversou com o presidente Ricardo Teixeira e abrirá mão da remuneração financeira mensal prevista para o cargo.

No início da exposição feita aos jornalistas, Ronaldo disse que aceitou o desafio para retribuir ao povo brasileiro todo o carinho que recebeu enquanto atuou dentro das quatro linhas. Alegando não ser economista e sem habilidade para cuidar de suas próprias finanças, o novo embaixador do COL disse que o órgão já conta com profissionais competentes e altamente capacitados. O Detalhe é que esses profissionais foram indicados por Ricardo Teixeira, o que deixa o COL sob o manto da suspeição.

Indagado sobre a acusação de que Ricardo Teixeira era uma pessoa de “duplo caráter”, Ronaldo disse que o presidente da CBF o conhece desde os treze anos e que o entrevero está sueprado. Para exemplificar, o ex-jogador disse que briga muito mais vezes com sua mulher, e por motivos mais sérios, e nem por isso deixa de amá-la.

Esportista de currículo invejável e ser humano de qualidade ímpar, Ronaldo, em momento algum, pode aceitar a submissão que eventualmente será imposta por Ricardo Teixeira, sob pena de rasgar a própria história. É bom lembrar que a Copa do Mundo é um negócio bilionário e o presidente da CBF gosta de dinheiro, como nove entre dez seres humanos. De igual modo, Ronaldo não deve atuar como cortina de fumaça para as operações pouco ortodoxas que se espera que ocorram a partir do COL.