Al-Sadd, do Qatar, saiu do Mundial de Clubes ao perder para o Barcelona, patrocinado por fundação qatariana

Veneno caseiro – A imprensa mundial tem dado destaque à partida entre Barcelona e Santos Futebol Clube, que decidirá o Campeonato Mundial Interclubes da FIFA, no próximo domingo (18), na cidade japonesa de Yokohama, mas há pelo menos um detalhe interessante no certame.

Não fosse o confronto entre dois gigantes do futebol planetário – na história do esporte Santos e Barcelona aparecem como tal –, o Mundial Interclubes não passaria de um torneio de luxo desnecessário. Isso porque o retrospecto dos outros clubes que participaram dessa edição do campeonato deixa muito a desejar.

O mexicano Monterrey, o japonês Kashiwa Reysol, o qatariano Al-Sadd, o tunisiano Espérance ST e o neozelandês Auckland City são meros candidatos a calouros e por isso saíram da competição com relativa facilidade. É verdade que a presença desses times faz parte das regras criadas pela FIFA para popularizar o futebol em continentes em que a cartolagem ainda pode disseminar sua nocividade, mas trata-se de uma decisão que no mínimo compromete a suposta importância do torneio.

Na partida que garantiu ao Barcelona o direito de enfrentar o Santos Futebol Clube na final, um detalhe passou despercebido. O onze catalão teve pela frente o fraco Al-Sadd, como é conhecido o Sadd Sports Club, do Qatar. A curiosidade está no fato de o time catalão ser patrocinado pela Qatar Foundation, órgão oficial do país que se dedica a assuntos relacionados à educação, ciências e desenvolvimento comunitário, além de crédito de carbono. Resumindo, o Qatar ajudou sem saber a despejar o qatariano Al-Sadd do Mundial Interclubes.